por Isaac Malheiros
Eis o personagem mais anti-ético e sem-moral da TV: o Pica-Pau. Mas se Deus não existe, essa é apenas a minha opinião injustificável, e ele pode ser um exemplo do cidadão ideal na sua opinião injustificável. Quando se discute sobre a existência de Deus, ou sobre a teoria da evolução , é bem comum surgir o tema da moral.
Esse é o argumento axiológico [1] teísta: “Qual é a fundamentação dos princípios morais e éticos? Se eles não são derivados de Deus nem estão firmados em algum fundamento transcendente, então eles são efêmeros.”
Em palavras mais simples: “Podemos ser bons sem Deus?”
Aqui reside o problema: cristãos e ateus se enrolam por não prestarem atenção na questão. Por isso, vamos fazer uma lista do que NÃO é o argumento axiológico em várias formas:
1) Não é: “podemos ser bons SEM ACREDITAR em Deus?” A pergunta original não é essa. Mas os ateus sempre respondem a essa pergunta que não foi feita. Obviamente, um ateu pode levar uma vida boa e decente. Mas repare que há uma enorme diferença entre a possibilidade de ser bom “sem Deus” e “sem acreditar em Deus”.
Eis o personagem mais anti-ético e sem-moral da TV: o Pica-Pau. Mas se Deus não existe, essa é apenas a minha opinião injustificável, e ele pode ser um exemplo do cidadão ideal na sua opinião injustificável. Quando se discute sobre a existência de Deus, ou sobre a teoria da evolução , é bem comum surgir o tema da moral.
Esse é o argumento axiológico [1] teísta: “Qual é a fundamentação dos princípios morais e éticos? Se eles não são derivados de Deus nem estão firmados em algum fundamento transcendente, então eles são efêmeros.”
Em palavras mais simples: “Podemos ser bons sem Deus?”
Aqui reside o problema: cristãos e ateus se enrolam por não prestarem atenção na questão. Por isso, vamos fazer uma lista do que NÃO é o argumento axiológico em várias formas:
1) Não é: “podemos ser bons SEM ACREDITAR em Deus?” A pergunta original não é essa. Mas os ateus sempre respondem a essa pergunta que não foi feita. Obviamente, um ateu pode levar uma vida boa e decente. Mas repare que há uma enorme diferença entre a possibilidade de ser bom “sem Deus” e “sem acreditar em Deus”.
A pergunta correta se refere à existência de Deus, quer acreditemos nele ou não. E o segredo consiste justamente em se definir o que é “bom” sem um padrão transcendente. Se não há esse padrão, “bom” se torna mera opinião pessoal ou convenção social.
2) Não é: “podemos FORMULAR um sistema de ética sem qualquer referência a Deus?” Se o ateu provar que os seres humanos têm valor objetivo, então tudo bem: concordaríamos com o sistema ético que ele formulou som Deus. A dificuldade do ateu reside justamente em se mostrar esse valor objetivo do ser humano sem Deus. Nesse ponto, geralmente o ateu apela para o discurso emocional.
3) Não é: “podemos RECONHECER a existência de valores morais objetivos sem qualquer referência a Deus?” A pessoa não precisa se referir a Deus para reconhecer que deve amar os filhos por exemplo. Ateus e teístas concordam nesse ponto.
O ponto central é: se os valores morais são objetivos eles têm uma base transcendente. Se não, trata-se apenas de opinião, e discussões morais têm tanto sentido quanto se discutir se sorvete de creme é mais gostoso que o de chocolate. Assim, Madre Teresa e Michael Myers fizeram coisas que estão no mesmo nível, e o ursinho Pooh e o Pica-Pau estão igualmente "certos" em todas as suas atitudes.
Se Deus não existe, então qualquer base para se considerar a moralidade do bando entre os Homo sapiens objetivamente verdadeira foi removida. Os seres humanos são simplesmente subprodutos acidentais da natureza que evoluíram num tempo relativamente recente de uma partícula infinitesimal de poeira perdida em algum lugar de algum universo hostil e abandonado e que estão destinados a morrer individual e coletivamente em um período relativamente pequeno.
O ponto central é: se os valores morais são objetivos eles têm uma base transcendente. Se não, trata-se apenas de opinião, e discussões morais têm tanto sentido quanto se discutir se sorvete de creme é mais gostoso que o de chocolate. Assim, Madre Teresa e Michael Myers fizeram coisas que estão no mesmo nível, e o ursinho Pooh e o Pica-Pau estão igualmente "certos" em todas as suas atitudes.
Se Deus não existe, então qualquer base para se considerar a moralidade do bando entre os Homo sapiens objetivamente verdadeira foi removida. Os seres humanos são simplesmente subprodutos acidentais da natureza que evoluíram num tempo relativamente recente de uma partícula infinitesimal de poeira perdida em algum lugar de algum universo hostil e abandonado e que estão destinados a morrer individual e coletivamente em um período relativamente pequeno.
Uma ação qualquer – digamos, o estupro – pode não ser socialmente vantajosa, e assim, no curso da evolução humana, tornou-se tabu; contudo, na visão ateísta, é difícil enxergar por que existiria algum erro em estuprar alguém. Colocando as coisas de maneira grosseira, na visão ateísta os seres humanos são simplesmente animais, e os animais não são agentes morais.[2]
Para encerrar, as palavras do filósofo da ciência, Michael Ruse:
Para encerrar, as palavras do filósofo da ciência, Michael Ruse:
“O conceito do evolucionista moderno [...] é que os humanos têm consciência de moralidade [...] por que ela é de valor biológico. A moralidade é uma adaptação biológica tanto quanto as mãos, os pés e os dentes...
Considerada um conjunto de afirmações racionalmente justificáveis sobre algo objetivo, a ética é ilusória. Acho interessante notar que, quando alguém diz “Ame o seu próximo como a si mesmo”, as pessoas fazem uma referência a algo que está acima e além de si mesmas [...] Todavia, tal referência não possui qualquer fundamento. A moralidade é simplesmente uma ajuda à sobrevivência e à reprodução, e qualquer significado mais profundo é ilusório”.[3]
Aí está um evolucionista sincero.
______________________________________
[1] Axiologia é o ramo da filosofia que estuda os valores, por vezes se confunde com ética.
[2] Baseado no capítulo “A existência de Deus (2)” da obra de J. P. Moreland e William Lane Craig, Filosofia e cosmovisão cristã, São Paulo: Vida Nova, 2005, p. 587 a 609.
[3] Evolutionary theory and Christian ethics. The Darwinian paradigm. London: Routledge, 1989, p. 262, 268-269.
Considerada um conjunto de afirmações racionalmente justificáveis sobre algo objetivo, a ética é ilusória. Acho interessante notar que, quando alguém diz “Ame o seu próximo como a si mesmo”, as pessoas fazem uma referência a algo que está acima e além de si mesmas [...] Todavia, tal referência não possui qualquer fundamento. A moralidade é simplesmente uma ajuda à sobrevivência e à reprodução, e qualquer significado mais profundo é ilusório”.[3]
Aí está um evolucionista sincero.
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[1] Axiologia é o ramo da filosofia que estuda os valores, por vezes se confunde com ética.
[2] Baseado no capítulo “A existência de Deus (2)” da obra de J. P. Moreland e William Lane Craig, Filosofia e cosmovisão cristã, São Paulo: Vida Nova, 2005, p. 587 a 609.
[3] Evolutionary theory and Christian ethics. The Darwinian paradigm. London: Routledge, 1989, p. 262, 268-269.
É deprimente achar que o ser humano se limita a existencia de um ser mitologico!
ResponderExcluir..
É deprimente crer que se não houver um Deus o ser humano é vazio em seu coração.
..
É humilhante afirmar que se não fosse a crença num Deus a sociedade ruíria devido a falta de humanidade dos priprios seres humanos.
..
Se Deus fosse tudo isso, ao afirmar que uma pessoa é honesta e tem coração bom não diriam que ela é HUMANA diriam que ela é DEUS !
...E dizer isso é proibido até em sua religião!
..
.....Eis aqui um texto interessante..leia please!
..
..."Tenho muita pena dos crédulos. Chego a chorar por mulheres e homens ingênuos; os de semblante triste que lotam as magníficas catedrais, na espera de promessas que nunca se cumprirão. Estou consciente de que não teria sucesso se tentasse alertá-los da armadilha que caíram. A grande maioria inconscientemente repete a lógica sinistra do, “me engana que eu gosto”.
Se pudesse, eu diria a todos que não existe o mundo protegido dos sermões. Só no “País da Alice” é possível viver sem perigo de acidentes, sem possibilidade da frustração, sem contingência e sem risco.
Se pudesse, eu diria que não é verdade que “tudo vai dar certo”. Para muitos (cristãos, inclusive) a vida não “deu certo”. Alguns sucumbiram em campos de concentração, outros nunca saíram da miséria. Mulheres viram seus maridos agonizarem sob tortura. Pais sofreram em cemitérios com a partida prematura dos filhos. Se pudesse, advertiria os simples de que vários filhos de Deus morreram sem nunca ver a promessa se cumprir.
Se pudesse, eu diria que só nos delírios messiânicos dos falsos sacerdotes acontecem milagres aos borbotões. A regularidade da vida requer realismo. Os tetraplégicos vão ter que esperar pelos milagres da medicina - quem sabe, um dia, os experimentos com células tronco consigam regenerar os tecidos nervosos que se partiram. Crianças com Síndrome de Down merecem ser amadas sem a pressão de “terem que ser curadas”. Os amputados não devem esperar que os membros cresçam de volta, mas que a cibernética invente próteses mais eficientes.
Se pudesse, eu diria que só os oportunistas menos escrupulosos prometem riqueza em nome de Deus. Em um país que remunera o capital acima do trabalho, os torneiros mecânicos, os motoristas, os cozinheiros, as enfermeiras, os pedreiros, as professoras, vão ter dificuldade para pagar as despesas básicas da família. Mente quem reduz a religião a um processo mágico que garante ascensão social.
Se pudesse, eu diria que nem tudo tem um propósito. Denunciaria a morte de bebês na Unidade de Terapia Intensiva do hospital público como pecado; portanto, contrária à vontade de Deus. Não permitiria que os teólogos creditassem na conta da Providência o rio que virou esgoto, a floresta incendiada e as favelas que se acumulam na periferia das grandes cidades. Jamais deixaria que se tentasse explicar o acidente automobilístico causado pelo bêbado como uma “vontade permissiva de Deus”.
Se pudesse, eu pediria as pessoas que tentassem viver uma espiritualidade menos alucinatória e mais “pé no chão”. Diria: não adianta querer dourar o mundo com desejos utópicos. Assim como o etíope não muda a cor da pele, não se altera a realidade fechando os olhos e aguardando um paraíso de delícias.
Estou consciente de que não serei ouvido pela grande maioria. Resta-me continuar escrevendo, falando… Pode ser que uns poucos prestem atenção.
Soli Deo Gloria."
Religião e Alucinação - Ricardo Gondim
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A unica parte que não concordo com o texto é a de que não há milagres...
Há sim, e só nos seres humanos somos capazes de promove-lo assim como tem sido durante toda nossa historia!
Olá Romano,
ResponderExcluirPrimeiro: o que esse texto do Pr. Ricardo Gondim tem a ver com o assunto? Eu conheço as idéias do Gondim, e nem por um minuto ele concordaria com vc nesse tema da moralidade e existência de Deus.
Segundo: vc comete exatamente o erro previsto na postagem,ao escrever
"É humilhante afirmar que se não fosse A CRENÇA num Deus a sociedade ruíria devido a falta de humanidade dos priprios seres humanos."
Releia o argumento moral teísta com mais atenção. A questão da "crença em Deus" não entra.
Vc escreveu: "É deprimente crer que se não houver um Deus o ser humano é vazio em seu coração."
Bom,eu não creio nisso da forma como vc escreveu.
O cristão não crê que "se não houver um Deus o ser humano é vazio em seu coração". Cremos que há vazio no coração humano mesmo havendo um Deus.
O fato de Deus existir não preenche esse vazio automaticamente.
A existência de Deus não soluciona por si esse problema,mas a atitude humana diante desse conhecimento disponível.
Vim só cumprir meu costumeiro dever de pagar pau pra esse blog e dizer q o texto todo em letras miúdas e em itálico ficou meio ruim de ler.
ResponderExcluirAbraço a todos os envolvidos.
tentei mudar a fonte, mas o Times é menor que o Arial e piorou.
ResponderExcluirQuanto mais mexe,...
"Eis o personagem mais anti-ético e sem moral da TV: o Pica-Pau."
ResponderExcluirVanessa, você tocou num ponto que é verdade: esses desenhos da TV em que a grande maioria é muito sem moral!
Me lembro que quando era pequeno, de ver uma criança me contando (e nem aí) de ter rudiado de um bebê baseado num episódio do Pica-Pau.
Há um episódio em que o Pica-Pau vai cuidar de um bebê e aí ele vê que o bebê é um Gorila e no final, fica com muita raiva porque os supostos pais dele vão viajar um tempão, aí ele pega uma panela, coloca na cabeça desse bebê e dá um monte de martelada para fazer o maior barulho e o bebê acorda e chora.
Essa criança me contou que fez isso e achou graça. =/
Hoje em dia, Vanessa, há um monte de desenhos anti-éticos, até piores, como Billy e Mandy, Ben 10, South Park, Family Guy. Este último, por exemplo, que muitos alegam serem para adultos passa em horários que qualquer criança pode chegar e ligar a televisão sem os pais verem ou quando eles estiverem trabalhando. Imagina uma criança crescendo e vendo essas porcarias.
Tem também aquela séria Dr. House, de um médico dono da verdade, que menospresa a Deus e fala bobagens. A quantidade de pessoas hoje em dia, ainda mais médicos que é fã desse cara e tenta imitá-lo é imensa! Se falar que a gente não curte muito essa série eles até estranham. Eu fico imaginando se essas pessoas que curtem tanto ele estivessem no leito da morte e aparecesse um médico falando aquelas asneiras que ele diz.
O engraçado é que esses médicos (principalmente os que estão cursando), ficam o imitando ao invés de estudar direito, coisa que acontece muito hoje em dia em TODAS as outras áreas. Depois, operam alguém aí e acabam operando errado, dando falhas médicas fatais, igual aconteceu com meu pai, que faleceu em dezembro do ano passado devido a erro médico. =/
Qualquer hora, Vanessa, você podia até fazer um tópico abordando esses desenhos ruins hoje em dia, se possível.
Abraços!
Seu Blog é 10!!
Tudo de bom aí!
Atenciosamente,
Adalberto Felipe
Tôdo ateu mente para ele mesmo. Ele é ateu por conveniência. Acha chic ser ateu, porque uns que dizem ser "pensadores" proclamam-se ateus. Então saem dizendo ser ateu só prá contrariar a maioria.
ResponderExcluirOlá Vanessa?
ResponderExcluirLi o texto, mas refleti sobre alguns pontos e tenho algumas discordâncias.
Vamos por partes. Quando eu expus (lá no blog do sabino) que a moral (e a ética) não necessita de estar atrelada a noção de Deus (e portanto um ateu poderia ser ético) estava, entre outras palavras afirmando que um sistema ético pode possuir uma estruturação sem que seja necessário postular Deus para que o mesmo funcione.
O bom "transcendente" como você chama não necessita ser Deus. Sim você pode ter um sistema ético em que Deus é um agente moralizador, mas se olharmos despojados de nossas crenças e temores podemos sim tomar a possibilidade de um fator (como você chamou de transcendental) que permita uma ética e não necessariamente seja Deus.
Veja bem que não estou falando em "ser bom sem acreditar em Deus", estou falando em "ser ético [bom, portanto no crivo comum] sem a necessidade de postular Deus", isso equivaleria em um mundo possível com Deus, sem Deus, com Deus e pessoas que não o crêem, com Deus e pessoas que crêem, sem Deus e pessoas que crêem, sem Deus e pessoas que não crêem e todas as formas combinativas entre si.
Portanto, de certa forma o ponto 2) de seu texto é usado como um entrave para não se poder formular um sistema sem a necessidade de Deus para explicá-lo, mas com um ponto transcendente que possa explicar e definir o comportamento ético. Perceba que seu ponto 2) entra em conflito com o seu suposto ponto central.
Imagine como em grupos. Basicamente uma explicação que não leve em si o postulado de Deus como agente moralizador não é necessariamente um sistema relativista ou que não tenha esse ponto, que você chamou de transcendental.
Não postular a existência de Deus não é retirar este ponto que centralize a ação ética.
É um equívoco achar que OU se deve por Deus para balizar fatores éticos, OU se está sem nenhuma referência balizadora. Este é um OU exclusivo e colocada desta forma representa uma falácia na lógica do argumento.
Um filósofo que gosto muito é Immanuel Kant. O cara era pietista, acreditava em Deus, mas desenvolveu uma ética muito interessante; embora hoje possamos ver problemas, não deixa de ser interessante.
Para Kant uma ação ética (que é volitiva) é baseada na vontade AUTONOMA. A vontade autônoma está relacionada com o que ele chama de IC, imperativo categórico. O IC é uma espécie de mote universalizador que está inerente à racionalidade humana. Estou sendo bem simples na explicação.
Lógico que sua lógica, ao ser estudada nos leva situações bem interessantes e dificultosas (como a impossibilidade de mentir, em diversos tipos de situações, mesmo que supostamente por amor).
Mas Kant explica a termos racionais e exclui as consequencias, dizendo que são de cunho empirico.
Veja bem, não quero que você aceite a teoria kantiana. Ela pode ter problemas, claro; mas é um exemplo bem elegante de um sistema ético que não precisou postular um Deus como agente moralizador. Pelo contrário, o agente moralizador está na racionalidade humana. Tudo bem, hoje podemos ver que talvez isso tivesse relação com o iluminismo que Kant participara; mas, repito, é um exemplo que permite um sistema ético sem postular Deus como agente moralizador.
Um conselho. Não julgue existir uma "visão ateísta". Ser ateu é negar a existência de Deus, ou seja de um ser que seria onipotente e onsciente que teria criado tudo.
Julgar que existe uma posição ateísta é um mero rótulo mainstream. Não diz muita coisa da realidade.
Note, não significa que eu seja ateu, mas estou tentando mostrar que o argumento: "ateu é necessariamente imoral" e "ateísmo possui tal visão moral" e ainda "ateus são incoerentes no sentido moral ao fazer..." são argumentos enganatórios e, no melhor dos mundos possíveis, falaciosos.
Um forte abraço,
vou escrever sobre isto no meu blog.
Arnaldo.
É o texto mais ridículo que eu já li.. dizer que um ateu é conivente com o estupro foi demais..
ResponderExcluirComentário ridículo. Em parte alguma o texto afirma que o "ateu é conivente com o estupro". Analfabetismo funcional...
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