O movimento neo-ateísta adotou a piada como arma. Em qualquer discussão séria ou informal é comum ouvir comentários que igualam "crente" a "pouco inteligente". Mas a culpa é parcialmente nossa. Não por que sejamos burros, mas porque ouvimos calados na hora e continuamos calados depois. Desse modo, o silêncio apenas confirma a suspeita generalizada dos ateus.
O apartheid intelectual
Charles Malik, um acadêmico e estadista cristão, pronunciou as seguintes palavras durante a inauguração do Billy Graham Center, no campus do Wheaton College em 1980:
“Devo ser franco com vocês: o antiintelectualismo é o maior perigo que o cristianismo evangélico americano enfrenta. A mente, compreendida em suas maiores e mais profundas faculdades, não tem recebido suficiente atenção. No entanto, a formação intelectual não ocorre sem uma completa imersão, durante anos na história do pensamento e do espírito.
“Devo ser franco com vocês: o antiintelectualismo é o maior perigo que o cristianismo evangélico americano enfrenta. A mente, compreendida em suas maiores e mais profundas faculdades, não tem recebido suficiente atenção. No entanto, a formação intelectual não ocorre sem uma completa imersão, durante anos na história do pensamento e do espírito.
Os que estão com pressa de sair da universidade e começar a ganhar dinheiro, trabalhar na igreja ou pregar o evangelho não têm idéia do valor infinito de gastar anos dedicados à conversação com as maiores mentes e almas do passado, desenvolvendo, afiando e aumentando o seu poder de pensamento.
O resultado é que o terreno do pensamento criativo é abandonado e entregue ao inimigo.
Quem, entre os evangélicos, pode enfrentar os grandes pensadores seculares em seus próprios termos acadêmicos? Quem, entre os estudiosos evangélicos, é citado pelas maiores autoridades seculares como fonte normativa de história, filosofia, psicologia, sociologia ou política?
O modo evangélico de pensar tem uma mínima oportunidade de se tornar dominante nas grandes universidades da Europa e da América que modelam toda a nossa civilização com seu espírito e suas idéias?
Por uma maior eficácia no testemunho de Jesus Cristo, bem como em favor de sua causa, os evangélicos não podem se dar ao luxo de continuar vivendo na periferia da existência intelectual responsável.”[1]
O resultado é que o terreno do pensamento criativo é abandonado e entregue ao inimigo.
Quem, entre os evangélicos, pode enfrentar os grandes pensadores seculares em seus próprios termos acadêmicos? Quem, entre os estudiosos evangélicos, é citado pelas maiores autoridades seculares como fonte normativa de história, filosofia, psicologia, sociologia ou política?
O modo evangélico de pensar tem uma mínima oportunidade de se tornar dominante nas grandes universidades da Europa e da América que modelam toda a nossa civilização com seu espírito e suas idéias?
Por uma maior eficácia no testemunho de Jesus Cristo, bem como em favor de sua causa, os evangélicos não podem se dar ao luxo de continuar vivendo na periferia da existência intelectual responsável.”[1]
Cristão não é sinônimo de alienado, conformado, preguiçoso, cabeça-oca. Fé não é um salto irracional no escuro. Fé e razão não são mutuamente hostis.
Cristianismo é a cosmovisão mais perfeita e suficiente que existe. Por isso, você não deve crer numa coisa na igreja e em outra na sala de aula ou no laboratório. Quando você veste o guarda-pó, o terno ou o seu uniforme de trabalho, isso não sufoca o seu cristianismo. Cristo é o seu universo, ele não cabe em compartimentos restritos de sua vida.
O cristianismo não é apenas uma ilusão inofensiva, Jesus não é comparável a fadas e duendes, e a universidade deve sua origem e existência ao cristianismo (suas pressuposições, esforço pessoal e dinheiro, inclusive).
Alguém na sua universidade precisa saber disso? Então abra a sua boca e diga com firmeza!
Mas seria bom estudar um pouquinho antes...
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[1] Extraído de MORELAND, J.P. Filosofia e cosmovisão cristã. São Paulo: Vida Nova, 2005, p. 15.
Alguém na sua universidade precisa saber disso? Então abra a sua boca e diga com firmeza!
Mas seria bom estudar um pouquinho antes...
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[1] Extraído de MORELAND, J.P. Filosofia e cosmovisão cristã. São Paulo: Vida Nova, 2005, p. 15.
Este blog tem contribuído para mudar isso. ;)
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