por Isaac Malheiros
Diante de uma redução ao absurdo, o seu oponente pode apenas desistir de usar aquelas premissas, mas não precisa mudar de crença. Desse modo, se você reduz a argumentação de um ateu ao absurdo, ele poderá continuar ateu, mas nunca mais irá usar aquele argumento de novo com você por perto.
Redução ao absurdo é andar a segunda milha intelectual. É levar o seu amigo cético a ir além do superficial “Deus não existe”, e ver as consequências lógicas disso.
Ande a segunda milha. É útil, e divertido.
Nos comentários desse post há um exemplo de “redução ao absurdo” feito por esse autor, um pouco desorganizado, mas divertido.
“Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas” (Mt 5.41).
As idéias têm conseqüências. Numa discussão é sempre bom mostrar as conseqüências das idéias erradas do seu “adversário”. Em argumentação e lógica, existe um modo muito eficaz (e divertido) de fazer isso e refutar as idéias de um oponente: a redução ao absurdo.
Basicamente, “redução ao absurdo” significa mostrar ao oponente que se ele estiver certo em alguma premissa, o resultado do desenvolvimento da sua idéia é algo absurdo, contraditório, impossível, ilógico. Podemos, assim, concluir que a premissa não é verdadeira.
Funciona assim:
1) “Ok, Sr. Relativista: não existe verdade absoluta.
2) “Suponhamos que todas as verdades sejam de fato relativas à cultura e às experiências do indivíduo ou do grupo, etc”.
3) "Isso inclui a afirmação ‘não existe verdade absoluta’ e a própria declaração 2)"
Conclusão: "a sua própria teoria sobre a verdade é apenas reflexo cultural ou fruto de sua experiência, e ninguém precisa concordar com você, pois trata-se apenas de opinião, verdade subjetiva culturalmente restrita."
Você começa usando premissas com as quais o seu oponente concorda. Então você acrescenta a premissa chave: aquela que o oponente acredita ser verdadeira, mas você acha que é falsa. Então você demonstra que o resultado de usar aquela premissa é uma contradição.
Parafraseando Jesus: "Se alguém quer te convencer do relativismo moral, ande com ele até a pedofilia, o genocídio, a bestialidade, o caos generalizado que será a consequência de suas idéias."
Ou ainda: "se alguém caminha com você até o ateísmo, não pare por aí: vá com ele até às desastrosas consequências lógicas, metafísicas, morais, epistemológicas, etc de suas idéias ateístas."
As idéias têm conseqüências. Numa discussão é sempre bom mostrar as conseqüências das idéias erradas do seu “adversário”. Em argumentação e lógica, existe um modo muito eficaz (e divertido) de fazer isso e refutar as idéias de um oponente: a redução ao absurdo.
Basicamente, “redução ao absurdo” significa mostrar ao oponente que se ele estiver certo em alguma premissa, o resultado do desenvolvimento da sua idéia é algo absurdo, contraditório, impossível, ilógico. Podemos, assim, concluir que a premissa não é verdadeira.
Funciona assim:
1) “Ok, Sr. Relativista: não existe verdade absoluta.
2) “Suponhamos que todas as verdades sejam de fato relativas à cultura e às experiências do indivíduo ou do grupo, etc”.
3) "Isso inclui a afirmação ‘não existe verdade absoluta’ e a própria declaração 2)"
Conclusão: "a sua própria teoria sobre a verdade é apenas reflexo cultural ou fruto de sua experiência, e ninguém precisa concordar com você, pois trata-se apenas de opinião, verdade subjetiva culturalmente restrita."
Você começa usando premissas com as quais o seu oponente concorda. Então você acrescenta a premissa chave: aquela que o oponente acredita ser verdadeira, mas você acha que é falsa. Então você demonstra que o resultado de usar aquela premissa é uma contradição.
Parafraseando Jesus: "Se alguém quer te convencer do relativismo moral, ande com ele até a pedofilia, o genocídio, a bestialidade, o caos generalizado que será a consequência de suas idéias."
Ou ainda: "se alguém caminha com você até o ateísmo, não pare por aí: vá com ele até às desastrosas consequências lógicas, metafísicas, morais, epistemológicas, etc de suas idéias ateístas."
Isso é muito útil especialmente quando algum gênio quer provar que não existem leis da lógica, usando as leis da lógica. Ou quando querem mostrar que é verdade que não existem verdades. Ou quando querem dizer em português: "eu não sei falar nenhuma palavra em português" ou qualquer outra contradição absurda e engraçada (mas incrivelmente levada a sério nos meios acadêmicos...).
Diante de uma redução ao absurdo, o seu oponente pode apenas desistir de usar aquelas premissas, mas não precisa mudar de crença. Desse modo, se você reduz a argumentação de um ateu ao absurdo, ele poderá continuar ateu, mas nunca mais irá usar aquele argumento de novo com você por perto.
Redução ao absurdo é andar a segunda milha intelectual. É levar o seu amigo cético a ir além do superficial “Deus não existe”, e ver as consequências lógicas disso.
Ande a segunda milha. É útil, e divertido.
Nos comentários desse post há um exemplo de “redução ao absurdo” feito por esse autor, um pouco desorganizado, mas divertido.
Nem preciso dizer q este post é excelente e q nunca havia pensando, nem jamais pensaria, nesta passagem por este ângulo.
ResponderExcluiré apenas a aplicação do princípio por trás das palavras de Jesus.
ResponderExcluirO cara quer te levar ao evolucionismo, você não oferece resistência alguma e o acompanha gentilmente no passeio.
Mas depois você o chama: "ei, por que parar por aqui? Vamos continuar nesse teu caminho e ver onde vai dar logicamente!"
Aí vem a parte mais legal: empurrá-lo carinhosamente no vale de cactos contraditórios ao fim da estrada, e deixá-lo tentar sair de lá sozinho.
rsrs
ResponderExcluirCruel! Adorei!!
Filosofia Moderna só enrola! Não comprova nada! Evolucionismo já está devidamente comprovado com milhares de provas! Inclusive muitas autoridades da ICAR já aceitam a T.E., pois não querem incorrer no mesmo erro do Geocentrismo! O foco deles agora é outro: Que a Evolução não refuta o Criacionismo! Atualize-se!. Antes que escrevas bobagem: Na Ciência, Teoria=Lei, não há hierarquia entre elas, pois uma pode comprovar e explicar a outra.
ResponderExcluirAh sim. O cristianismo é uma filosofia "moderna" hahaha
Excluir"Evolucionismo comprovado com PROVAS", "geocentrismo" = ????
Gostaria de ver a PROVAS e saber o q eu tenho a ver com o geocentrismo.
O que eu tenho a ver coma ICAR?
E sobre teorias e leis científicas: quem mencionou isso aqui além de você?
Fernando Ronin: a síntese da confusão mental absoluta, e a capacidade de falar sobre o que NÃO está sendo dito.
Sobre a redução ao absurdo, nenhum comentário?
Estás deturpando o que eu disse: que a Filosofia Moderna está sendo utilizada por teólogos cristãos para desviar o foco da ausência de provas da existência de Jesus Lixo e Gay.
ResponderExcluirEstás viciada em falácias do tipo "Ad Hominem"!
Fazer uso de Filosofia enrolativa não te fará comprovar a existência de Jesus Lixo e Gay!.
Pesquise por Blenídeos/Cientistas retroagem na evolução das nadadeiras de um peixe,etc,etc,etc,.
Venha nos visitar aqui: www.ceticismo.net. Sayonará!.
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
ResponderExcluirQuando iniciei a minha pesquisa histórica acerca da origem do cristianismo senti-me profundamente incomodado com a historiografia oficial. Um não crente como eu percebe prontamente que essa historiografia está seriamente contaminada pela fé. O acatamento da Bíblia não é científico. Claro que o propósito da nossa cultura era lastrear a fé cristã e fortalecê-la constantemente. Para isso, serviu-se da história como um mero instrumento utilitário de convencimento. Se a Igreja dissesse que preto era branco, todos tinham que acreditar piamente. Especialmente os professores, que eram sustentados por ela. Não havia escola que não fosse cristã.
Não é difícil imaginar o resultado disso séculos a fio. Desse modo, o absurdo passou a se tornar natural, pois a proteção à fé estava acima de tudo. É ai que surge uma questão moral da maior relevância pela sua contradição: a obrigação da academia seria zelar pelo ensino honesto de história [a honestidade é um dos valores basilares do cristianismo] ou dar guarida às necessidades da religião, por mais justificável que isso possa parecer?
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ResponderExcluirQuando iniciei a minha pesquisa histórica acerca da origem do cristianismo senti-me profundamente incomodado com a historiografia oficial. Um não crente como eu percebe prontamente que essa historiografia está seriamente contaminada pela fé. O acatamento da Bíblia não é científico. Claro que o propósito da nossa cultura era lastrear a fé cristã e fortalecê-la constantemente. Para isso, serviu-se da história como um mero instrumento utilitário de convencimento. Se a Igreja dissesse que preto era branco, todos tinham que acreditar piamente. Especialmente os professores, que eram sustentados por ela. Não havia escola que não fosse cristã.
Não é difícil imaginar o resultado disso séculos a fio. Desse modo, o absurdo passou a se tornar natural, pois a proteção à fé estava acima de tudo. É ai que surge uma questão moral da maior relevância pela sua contradição: a obrigação da academia seria zelar pelo ensino honesto de história [a honestidade é um dos valores basilares do cristianismo] ou dar guarida às necessidades da religião, por mais justificável que isso possa parecer?