A Bíblia fala bastante sobre como lidar com nossas memórias.
Por vezes ela nos orienta a “esquecer” seletivamente o que pode alimentar sentimentos negativos, de ódio e vingança, e impedir a cicatrização de feridas. Nesse sentido, “esquecer” significa lembrar sem ódio, abrir mão da reação na mesma moeda.
Somos biblicamente ensinados a encarar os fatos pela ótica de Cristo: amar os inimigos.
Paulo disse que se esquecia das coisas que ficaram para trás, e prosseguia na caminhada cristã (Fp 3:13 e 14). Talvez aqui também haja uma lição para os saudosistas, os que vivem do passado (“no meu tempo era melhor”).
No entanto, a Bíblia também nos orienta a não esquecer algumas coisas (boas e ruins).
A Páscoa tinha, dentre outros objetivos, fazer o povo lembrar de seu passado como escravos no Egito (Dt 16:12). Os Dez Mandamentos começam nos lembrando quem é Deus e quem somos nós (ex-escravos, libertos pelo Senhor (Ex 20:2). Jeremias encontrou alivio na memória: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lm 3.21)
Jesus deixou a Ceia como algo a ser feito em Sua memória, ate o dia da sua vinda.
O problema é que somos peritos em colocar boas memórias num porão escuro, enquanto construímos altares para os traumas. Talvez por isso a Bíblia insista em nos fazer lembrar das obras passadas do Senhor, das maravilhas que ele fez. Ela diz:
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de Seus benefícios.” (Sl 103:2)
Infelizmente, parafraseamos:
“Amaldiçoe, ó minha alma, ao meu inimigo, e não te esqueças de nenhum de seus malefícios”.
Quando alguém me faz um mal eu guardo isso em segurança num cofre especial, organizado em categorias de ofensa. Lembro-me de algumas ofensas com riqueza de detalhes. Sou capaz de dizer com exatidão o ano, o mês, o dia, a hora e o lugar que me ofenderam. Lembro-me da roupa que a pessoa estava usando e posso ate imitar seus gestos e seu tom de voz.
E se me fosse exigido colocar num papel todas as coisas boas que o Senhor já fez em minha vida? Eu teria uma lista pronta, com riqueza de detalhes? Nossa mente se esquece muito rápido do que Deus faz, e isso gera uma sensação de abandono e desespero.
Comece a enumerar mais frequentemente o que Deus já fez por você. Torne essa lista pública e divulgue-a todos os dias.
Será bom pra você, e para todo mundo.
Lembrai-vos das maravilhas que fez
Alegrem-se no seu louvor! (Sl 105:1-5 resumido)
Resumido aqui pelo Oslo Gospel Choir, no clássico hino "My Tribute", de Andrae Crouch
Se vc quiser ver uma performance do próprio Andrae Crouch, clique aqui
Por vezes ela nos orienta a “esquecer” seletivamente o que pode alimentar sentimentos negativos, de ódio e vingança, e impedir a cicatrização de feridas. Nesse sentido, “esquecer” significa lembrar sem ódio, abrir mão da reação na mesma moeda.
Somos biblicamente ensinados a encarar os fatos pela ótica de Cristo: amar os inimigos.
Paulo disse que se esquecia das coisas que ficaram para trás, e prosseguia na caminhada cristã (Fp 3:13 e 14). Talvez aqui também haja uma lição para os saudosistas, os que vivem do passado (“no meu tempo era melhor”).
No entanto, a Bíblia também nos orienta a não esquecer algumas coisas (boas e ruins).
A Páscoa tinha, dentre outros objetivos, fazer o povo lembrar de seu passado como escravos no Egito (Dt 16:12). Os Dez Mandamentos começam nos lembrando quem é Deus e quem somos nós (ex-escravos, libertos pelo Senhor (Ex 20:2). Jeremias encontrou alivio na memória: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lm 3.21)
Jesus deixou a Ceia como algo a ser feito em Sua memória, ate o dia da sua vinda.
O problema é que somos peritos em colocar boas memórias num porão escuro, enquanto construímos altares para os traumas. Talvez por isso a Bíblia insista em nos fazer lembrar das obras passadas do Senhor, das maravilhas que ele fez. Ela diz:
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de Seus benefícios.” (Sl 103:2)
Infelizmente, parafraseamos:
“Amaldiçoe, ó minha alma, ao meu inimigo, e não te esqueças de nenhum de seus malefícios”.
Quando alguém me faz um mal eu guardo isso em segurança num cofre especial, organizado em categorias de ofensa. Lembro-me de algumas ofensas com riqueza de detalhes. Sou capaz de dizer com exatidão o ano, o mês, o dia, a hora e o lugar que me ofenderam. Lembro-me da roupa que a pessoa estava usando e posso ate imitar seus gestos e seu tom de voz.
E se me fosse exigido colocar num papel todas as coisas boas que o Senhor já fez em minha vida? Eu teria uma lista pronta, com riqueza de detalhes? Nossa mente se esquece muito rápido do que Deus faz, e isso gera uma sensação de abandono e desespero.
Comece a enumerar mais frequentemente o que Deus já fez por você. Torne essa lista pública e divulgue-a todos os dias.
Será bom pra você, e para todo mundo.
Lembrai-vos das maravilhas que fez
Alegrem-se no seu louvor! (Sl 105:1-5 resumido)
Resumido aqui pelo Oslo Gospel Choir, no clássico hino "My Tribute", de Andrae Crouch
Se vc quiser ver uma performance do próprio Andrae Crouch, clique aqui
Oi, Vanessa! Li hoje este artigo do seu blog. Trabalho num Cartório de Registro Civil e nem sempre tenho paciência para lidar o tempo todo com a clientela que se aboleta no meu balcão, principalmente quando a TPM vigora em minhas entranhas.
ResponderExcluirAo ler da importância de lembrar das coisas positivas, bençãos, favores que Deus nos deu e dá, logo me veio à mente aquele hino que nossos avós cantavam (o qual estou cantando nesse momento também): "Conta as Bençãos":
"Se da vida as ondas procelosas são,
Se com desalento julgas tudo vão,
Conta as muitas bênçãos, dize-as duma vez,
Hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez.
CORO:
Conta as bênçãos, conta quantas são,
Recebidas da divina mão;
Uma a uma, dize-as de uma vez;
Hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez.
Tens acaso mágoas, triste é teu lidar?
É a cruz pesada que tens de levar?
Conta as muitas bênçãos, não duvidarás,
E em canção alegre os dias passarás.
Quando vires outros com seu ouro e bens,
Lembra que tesouros prometidos tens;
Nunca os bens da Terra poderão comprar
A mansão celeste em que tu vais morar.
Seja teu conflito fraco ou forte aqui,
Não te desanimes, cuida Deus de ti;
Seu divino auxílio, minorando o mal,
Dar-te-á consolo sempre, até o final."