sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

“Consolai-vos uns aos outros com estas palavras”

Hoje foi um dia incrivelmente penoso...
Meus olhos não se secam... Esforço-me para não lembrar...
Mas como não me lembrar do seu sorriso?
Perdi um mestre. Mestre, mas que durante todo o ano, chamei de aluno.


Não somos discípulos de Sócrates, que encarou tranquilamente a morte como algo desejável, um beneficio até. Somos discípulos de Jesus, que diante da morte de Lazaro, chorou. E diante da sua própria morte iminente, agonizou, suando grossas gotas de sangue e pedindo para que o Pai passasse dele aquele cálice.

Com assombro, vejo cristãos falarem da morte como amiga, como algo natural, baseando-se erradamente na declaração de Paulo: “prefiro partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”
A morte é uma intrusa.
Ela traz dor.
Será o último inimigo a ser destruído por Jesus.
A ser “destruído”, porque “vencida” ela já está.

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem,... para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança." (1 Ts 4:13)

Eu me entristeço diante da morte, mas não como os demais, pois eu tenho esperança.
E minha esperança não está na reencarnação, num céu automático agora ou no purgatório.
A minha esperança está no que o próprio texto sugere: a ressurreição.

Essa é a minha esperança: "Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem." (1 Ts 4:14).

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor." (1 Ts 4:16 e 17).

É com indignação que vejo cristãos consolarem enlutados afirmando coisas como “ele foi para a glória”, “a vovó agora virou uma estrelinha” ou “ele agora é um anjinho”.
Prefiro me consolar com a certeza da ressurreição, conforme ordena a Palavra:

“Consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4:18)

Consolai-vos com a mensagem da ressurreição.

A ressurreição... essa promessa tão fora de moda. Deixada de escanteio, soterrada pelo espiritismo evangélico, debaixo dos escombros do ocultismo gospel, dos espíritos de parentes que recebem orações e recadinhos amorosos – práticas estranhas ao ensino bíblico.

Diante de uma tragédia, eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a Terra. Ele trará de volta os meus amados que a morte levou.
Posso louvá-lo em meio ao luto, pois confio no Seu infinito amor...

E vou louvá-lo com um antigo cântico evangélico que me sustentou em meus primeiros passos no Caminho... Numa versão “encontro de gerações”.

Pr Adhemar de Campos (adorador old school) e Nívea Soares - Grande é o Senhor



Em memória de Uylham Zils.

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