sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Deus é amor...



‘Quem não ama não o conhece, pois Deus é amor.’ 1 João 4:8


A gente reclama do consumismo e da banalização do significado do Natal... Mas ainda assim, essa é uma data interessante. Todos nós temos alguma boa recordação de Natal.
Eu tenho várias... Revelação de amigo secreto em família, presentes engraçados e sem sentido, a família inteira reunida para comemorar, comida boa, carinho de mãe, abraço apertado de pai...

Eu me lembro uma vez, véspera de Natal... Estávamos na casa de uma tia e a ceia quase pronta. Meu irmão, eu e uns primos jogando Atari (quem se lembra do avô do playstation?), os adultos ajeitando a mesa, tentando arrumar os pisca-pisca queimados... E um caminhão de lixo parou na frente da casa para recolher o lixo.
Aquele momento foi estranho porque todos nós estávamos felizes, bem vestidos e esperando uma mesa farta... E do outro lado, pessoas trabalhavam.

Meu pai, que nunca foi muito de formalidades, perguntou a um dos lixeiros porque eles estavam trabalhando até aquela hora. Um deles respondeu que trabalhariam até as dez da noite. Sensibilizado, meu pai foi até a cozinha e voltou com pratos. Ele, minha mãe e minha tia, cortaram peru, desarrumaram toda a mesa de frutas, serviram de tudo que tinha ali...
E levaram para aqueles homens. Eles não queriam entrar, então fomos todos lá pra fora ouvir histórias de família, de natal, de filhos... Eles comeram, conversaram, riram... E foram embora.

Eu não me lembro do presente que ganhei naquele Natal, mas me lembro bem do exemplo dado por meu pai. Ele não era religioso, pouco sabia da Bíblia... Mas colocou em prática o maior mandamento dado por Jesus: O mandamento do amor.

O amor está em nós.

Numa cadeia, bandidos perigosíssimos choram quando falamos de mãe, filhos... Eles amam alguém.
Quando o nenem nasce, chorando e ouve a voz da mãe, ele se acalma. Ele reconhece a voz dela. A mãe já ama o filhote e o nenem também já ama a mãe.
Uma pessoa em fase terminal de qualquer doença não quer morrer porque não quer deixar as pessoas que ama.

A gente nasce, vive e morre amando. Deus nos fez e Ele é amor.

Neste Natal, tente multiplicar este presente que o Senhor te deu. É assim que Jesus nasce de novo transformando seu coração que é um lugar inadequado para o nascimento de um rei (como uma estrebaria) na morada de Deus.

O convite está feito: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele.” (Apocalipse 3,19)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Teólogo cristão dá aula sobre cristianismo na Globo


O Programa do Jô recebeu o dr. Rodrigo Silva, doutor em teologia, especialista em arqueologia bíblica e curador-adjunto do Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, no Centro Universitário Adventista de São Paulo.

Apesar do apresentador Jô Soares tentar questionar alguns pontos do cristianismo, o dr. Rodrigo Silva respondeu com maestria e brilhantismo.
Ao final, uma brilhante defesa da racionalidade do cristianismo.

Vale muito a pena assistir a entrevista!

Parte 1

Parte 2

Parte 3

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Série: Os 10 mandamentos - Radio Jaca


Áudio da série: Os 10 mandamentos

Programa "E agora, Pastor?" Na Radio Jaca.

(Que rola toda sexta, às 22h)

sétimo mandamento




Para ouvir online uma versão editada:

Ou aqui:




Série: Os 10 mandamentos - Radio Jaca

Áudio da série: Os 10 mandamentos

Programa "E agora, Pastor?" Na Radio Jaca.

(Que rola toda sexta, às 22h)

Sexto Mandamento

Série: Os 10 mandamentos - Radio Jaca


Áudio da série: Os 10 mandamentos

Programa "E agora, Pastor?" Na Radio Jaca.

(Que rola toda sexta, às 22h)


Quinto Mandamento


Série: Os 10 mandamentos - Radio Jaca


Áudio da série: Os 10 mandamentos

Programa "E agora, Pastor?" Na Radio Jaca.

(Que rola toda sexta, às 22h)


quarto mandamento



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cristãos espíritas: pra que ressurreição se somos imortais?



Hoje é dia de finados. Dia em que cristãos homenageiam os mortos, oram por eles, e até mesmo falam com eles. De quem aprenderam isso?

Como pastor, já participei de inúmeros funerais. E é com assombro que vejo cristãos bem-intencionados consolarem os enlutados com coisas como “ele foi para a glória”, “a vovó agora virou uma estrelinha” ou “ele agora é um anjinho”. Assusta-me esse espiritismo evangélico, que soterra a relevância da crença na ressurreição debaixo dos escombros do ocultismo gospel.
Prefiro me consolar com a certeza da ressurreição, conforme ordena a Palavra:
“Consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4:18)

Não se engane: a morte é nossa inimiga. O último inimigo a ser destruído é a morte (1 Co 15: 26), a morte é o salário do pecado (Rm 6:23), e o destino da morte é o lago de fogo (Ap 20:14).

Com quem os cristãos aprenderam a romantizar a morte, tratá-la como amiguinha doce e bela, passagem para o plano superior da luz?

Combatendo espiritismo com espiritismo
Com o sucesso recente de filmes espíritas, pudemos observar uma patética tentativa de resistência cristã aos seguidores de Chico Xavier. Patética por um motivo: alguns cristãos acreditam igual os espíritas na imortalidade incondicional da alma. Discordam apenas da possibilidade de entrar em contato com os mortos. Mas a crença é a mesma.
É o sujo falando do mal lavado. E ambos, de mãos dadas, fazem eco ao ensino da serpente: “certamente, não morrerás” (Gn 2:16 e 17 e 3:4)

Os novos reformadores, tão preocupados com o retorno à ortodoxia, devem pensar seriamente em reformar isso. Ou será que o compromisso com a tradição sufocou o ímpeto dos reformadores e transformou o mote “reformados sempre se reformando” numa frase sem sentido?

Precisamos continuar a jornada de retorno ao ensino bíblico, e isso passa pelo expurgo da crença imortalista do meio cristão. Alguns teólogos e pensadores tem tentado, não sem enfrentar violenta oposição.

Oscar Cullman, comparando o conceito bíblico de alma com o conceito grego diz que “a diferença com respeito à alma grega é evidente: a alma grega sobrevive sem o corpo”.

Wheeler Robinson diz que “a idéia hebraica de personalidade é um corpo vivente e não uma alma encarnada.”

Ed René Kivitz explica que a tradição bíblica semita “acredita que as dimensões material e imaterial do ser humano são indissociáveis, isto é, uma não existe sem a outra, sendo o ser humano uma unidade material-imaterial.”

Millard Erickson descreve o estado do homem na morte como “anormal e incompleto”.

Conrad Bergendoff alerta contra o compromisso que teólogos fizeram com a filosofia platônica e com a crença dualística com as seguintes palavras: “os evangelhos não fornecem base para uma teoria de redenção que salve almas à parte de corpos aos quais pertencem. O que Deus ajuntou, filósofos e teólogos não deveriam separar”.

O ensino bíblico é claro: a alma não é imortal (Ez 18:4).
Imortalidade só é inerente a Deus, não ao homem (1 Tm 6:15 e 16).
Imortalidade, vida eterna, é um presente de Deus ao homem salvo, não a todos indistintamente (I Jo 5:12; Jo 3:16; Rm 2:7).
Apesar dos seres humanos serem especiais (Sl 8), na morte, somos nivelados aos animais (Ec 3:18-21).
Na morte não há louvor, não há consciência, não há ida imediata para a “glória” (Ec 9:5 e 6; Sl 146:4).

Por isso acreditamos na ressurreição. Se o homem fosse imortal, e partisse para viver no céu imediatamente após a morte, a ressurreição seria uma grande farsa, uma piada de mau gosto:
“Olhe Fulano, você está aqui morto-vivo no céu, mas eu preciso que você volte e entre novamente no seu corpo pois eu vou ressuscitá-lo para trazê-lo de volta aqui para o céu, onde você já estava.”

Qual a lógica disso? A Bíblia, quando lida inteira, ensina isso? Até quando continuaremos tolerando e admirando o cavalo-de-tróia espírita-pagão?

Se os adventistas crêem, deve ser errado
O preconceito teológico tem gerado algumas táticas para ridicularizar ou desacreditar os eruditos que abandonaram o ponto de vista dualístico tradicional da natureza humana. Samuelle Bacchiocchi destaca uma dessas táticas: associar tais teólogos com liberais ou com grupos tidos como sectários, como os adventistas. A falácia grosseira é: “se grupos como os adventistas acreditam nisso, então deve estar automaticamente errado e eu nem vou perder tempo examinando a questão”.

O teólogo Clarck Pinnock descreve essa tática:

“Parece que um novo ‘critério’ para a verdade foi descoberto, segundo o qual, se os adventistas ou os liberais mantêm algum ponto de vista, esse deve estar errado. Aparentemente, a defesa da verdade pode ser decidida por sua associação e não precisa ser testada por critérios públicos em debate aberto. Tal argumento, embora inútil em discussão inteligente, pode surtir efeito com os ignorantes que são ludibriados por tal retórica.”


Na realidade, quando homens da envergadura de John Stott, Philip Hughes e Cullmann se levantam com argumentos bíblicos contra a crença na imortalidade, recebem em contrapartida uma enxurrada de argumentos emocionais, apelos à autoridade e à tradição. Parece haver uma preocupação com o custo de abandonar a crença dualística tradicional da natureza humana. “Se a gente abandonar essa crença, imagina quantas mudanças ocorrerão... Vai dar uma trabalheira!”

Imagina se os reformadores tivessem esse nível de preocupação com a tradição...
Pelo menos os católicos são honestos em admitir sua subserviência à tradição católica.

O medo do “efeito dominó” doutrinário pode estar na base do apego emocional a crença na imortalidade. Abandonar isso geraria um transtorno enorme que exigiria um reestruturação de muitas denominações. No entanto, o “efeito dominó” acontece dos dois lados: manter uma crença não-bíblica como essa gera práticas e outras crenças igualmente não-bíblicas.

Por Isaac Malheiros Meira
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E examine alguns teólogos reformados e evangélicos que questionam ou já abandonaram a crença dualística:
# Oscar Cullmann, Imortality of the Soul or Resurrection of the Dead? The Witness of the New Testament (N. York, 1958).
# C. H. Pinnock, “The Conditional View”, em Four Views on Hell, W Crocket, ed., (Grand Rapids, 1993).
# John W. Stott e David Edwards, Essentials: A Liberal-Evangelical Dialogue (Londres, 1988).

É constrangedor o silêncio dos seminários teológicos e das editoras cristãs brasileiras a respeito desse tema. Esse silêncio gera uma falsa impressão de que há um consenso teológico a favor da imortalidade, o que está longe de ser verdade.

Escritor evangélico brasileiro rejeita imortalidade da alma



Ed René Kivitz é um conhecido escritor evangélico. Além de teólogo com mestrado em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo), ele é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, capital. Em seus livros e palestras, ele enfatiza o que é chamado de “missão integral”. Segundo essa ideia, a salvação não é apenas algo relacionado à “alma” do ser humano, mas envolve a pessoa completa: dimensão social, física, psicológica e espiritual. O resultado disso é uma pregação mais abrangente e relevante do evangelho. Em uma de suas recentes palestras, intitulada “O evangelho todo para o homem todo”, ele explica:

“O cristianismo não ensina a imortalidade da alma, ensina a ressurreição. O que não morreu, não pode ressuscitar. Quem acredita na ressurreição, necessariamente deve acreditar na realidade da morte.
“A ideia da imortalidade da alma não é cristã, é grega”, prossegue Kivitz. “É a crença no dualismo espírito-matéria que compreende o corpo como ‘prisão da alma’, como acreditava Platão. O corpo é o invólucro da pessoa, cuja essência é o espírito. Nessa compreensão, na morte, o espírito se desprenderia do corpo e poderia, então, caminhar rumo à sua plena realização. O espiritismo vai pegar essa ideia e dizer que a reencarnação do espírito é o caminho do aperfeiçoamento.

“Mas a Bíblia ensina diferente. A antropologia bíblica, entretanto, apresenta o ser humano como uma unidade corpo/espírito, que atende pelo nome de alma vivente. A alma não é um terceiro elemento, como café (corpo), leite (espírito) e canela (alma). A alma é o nome do conjunto corpo (café) e espírito (leite). A alma é o café com leite, misturados originalmente com intenções definitivas. ‘Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente’ (Gênesis 2:7).

“A morte é a separação entre corpo e espírito e, justamente por isso, é a destruição da pessoa. A Bíblia não considera que ‘o espírito é a pessoa’, e que quando o corpo morre a pessoa continua viva, pois o espírito se desprende do corpo e atinge sua plenitude. A Bíblia não considera que exista pessoa sem corpo. Na verdade, uma ‘pessoa sem corpo’ é um defunto, está morta.

“A esperança cristã, portanto, não é a imortalidade da alma, mas a ressurreição. A ressurreição é a vitória total, a reintegração perfeita das facetas humanas que nunca deveriam ter sido separadas pela morte.

“A partir dessa concepção antropológica: o ser humano é uma unidade corpo-espírito, podemos concluir que não pode haver separação entre cuidar do corpo ou do espírito, pois cuidamos mesmo é da pessoa, que chamamos de ‘homem todo’. A ação que se destina apenas ao cuidado do espírito de um ser humano, na verdade é uma ação voltada ao não-homem, pois não existe ‘só o espírito’. [...]

“Parafraseando Ortega Y. Gasset, podemos dizer que Jesus é Salvador do ‘homem e suas circunstâncias’, que engloba a vida em suas dimensões física, psico-emocional, espiritual, social, econômica, política e outras.

“É por esta razão que o Novo Testamento chama de salvação tanto a cura do corpo quanto o perdão para os pecados (Mateus 9:1-8); tanto a ressurreição do corpo (João 11) quanto a superação do poder do dinheiro (Lucas 19:1-10); tanto a libertação do cativeiro dos espíritos diabólicos quanto a reintegração social (Marcos 5:1-20). [...]

“A missão da igreja, portanto, não consiste apenas do testemunho de uma mensagem verbal, convocando espíritos humanos a que recebam perdão para os pecados e se acomodem na esperança do céu pós morte. A missão da igreja consiste em levar o evangelho todo para o homem todo, convocando pessoas (unidade corpo-espírito) para que se integrem e participem do reino de Deus desde já, rendendo todas as áreas e dimensões da existência humana à autoridade de Jesus.”


Leia mais no Criacionismo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O legalismo (ou como chegar no céu sem Jesus)

Algumas pessoas pensam que é preciso obedecer para ser salvo.
Outras, pensam que é preciso ser salvo para obedecer.
Há também quem pense que a obediência não tem importância alguma e que preocupar-se com isso é "legalismo".
E há quem nunca pensou sobre o assunto.

Qual a relação entre a salvação e a obediência?
Qual a relação entre a lei e a graça?

Esse foi o tema de um dos programas "E agora, pastor", da radio JACA online, com Vanessa Meira e o pr. Isaac Malheiros.

Para ouvir agora:


Ou aqui:




quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Deus é bom o tempo todo

Teologia da prosperidade?
Jogar Deus contra a parede e exigir os direitos?
Sinais e maravilhas?

Quero ver um cristão ser Jó sem o capítulo 42, sem receber nada em dobro (até mesmo porque Jó não sabia o final feliz da história, mas permaneceu firme).
Eu quero ver servir e ser fiel quando Deus não cura do câncer:



"Se Deus não me curar e me deixar morrer
Deus ainda é Deus, e Deus ainda é bom.
A Deus Seja a glória"

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Quer ser politicamente correto? Seja breve.


A pressão do "politicamente correto" trouxe várias consequências, mas uma das principais é esta: a falta de objetividade na comunicação, mais conhecida como enrolação, rodeio ou "encheção de linguiça".

O problema é que agora as pessoas medem demais as palavras, para evitar alguma afirmação mais contundente que possa ofender alguém.

Em ambientes cristãos essa pressão assume um caráter sufocante. Há uma obrigação implícita de apresentar a sua opinião com uma delicadeza tal que, no final das contas, os seus argumentos ficam tão diluídos que nem mesmo você os reconhece. E ninguém sabe, afinal, de que lado você está.

Em reuniões, sermões, comissões, salas de aula e outros ambientes patrulhados pelo politicamente correto, há muito tempo desperdiçado em pedidos de desculpa antes mesmo de emitir a opinião:

"Sem querer ofender, mas..."
"Olha fulano, não quero que você me interprete mal, mas..."
"Olha, não é nada pessoal, eu nem me importo com isso, mas..."

E na sequência o sujeito fica andando na ponta dos pés ao redor da verdade, sem ir direto ao ponto, e tomando o precioso tempo das pessoas.

Tem gente que gosta de viver nas sombras da comunicação, na neblina, fugindo da luz e da clareza como um vampiro do Crepúsculo.

A conversa rala, evasiva e frouxa afeta o púlpito.
Se temos que enfrentar a crise de pregadores "fogo-e-enxofre" agressivos, que usavam o púlpito para impor suas opiniões pessoais e amendrontar as pessoas, hoje também temos o púlpito molenga, que quase pede desculpas por ter de abrir a Bíblia e ler o que lá está.

Pregadores politicamente corretos passam muito tempo do sermão editando, escondendo e maquiando a verdade. Acrescentando justificativas e expressões suavizantes que tornam a argumentação uma temporada de Lost: ninguém entende nada!

Resultado: uma geração inteira de cristãos flácidos, alimentados por chavões e clichês "espirituais", que não sabe pensar e viver biblicamente. Uma geração que confunde graça com libertinagem, evangelho com anarquia, respeito e tolerância com "bater palmas pra maluco dançar".

Mas não se deixe enganar com esse moderno (e loooongo) discurso da tolerância: a pregação piegas que faz sucesso no cristianismo emo também é intolerante. Experimente contradizê-los...

Para sermos cristãos amáveis, não precisamos ser prolixos.
Devemos ser objetivamente amáveis.

Se querem ser molengas, aprendam pelo menos a arte da objetividade.
Se é pra ficar em cima do muro, que o façam rápido.
Encurtem vossos sermões hesitantes, vossos discursos insossos, vossas opiniões que não levam a nada. Se a sua opinião é do tipo "nem contra, nem a favor, muito pelo contrário", cale a boca. Deixe o espaço para alguém que realmente tenha algo a dizer.

Poupe, pelo menos, o meu tempo,

Grata.

Os 10 mandamentos e o criacionismo


Alguns cristãos tem fobia do Quarto Mandamento.
Dizem amar os Dez Mandamentos, mas temem o Quarto.
Acham que é "legalismo", "salvação pelas obras", "coisa de adventista judaizante" e outras desculpas.

Não se discute a validade do Quarto Mandamento.
O que se discute é "que dia devemos observar em obediência ao Quarto Mandamento?"
Sobre a validade do Quarto Mandamento, sugiro uma série de textos com a visão reformada (calvinista) do site Monergismo. Repare que os autores, que não são adventistas, confirmam o dever cristão de observar o descanso do shabath.

Mas o ponto central pra mim é: toda essa onda de retorno à ortodoxia, de luta contra o liberalismo teológico não pode passar por alto o criacionismo. Acreditar na Criação, no Gênesis, na historicidade de Adão e Eva e na veracidade do relato da Queda não são meros detalhes.

O não acreditar nisso pode ter sérias implicações.

E o que isso tem a ver com o Quarto Mandamento?

Tudo. É o maior mandamento, e o único que apresenta o Senhor como Criador.
É justamente esse aspecto de Deus (Criador) que há séculos vem sendo pisado e tripudiado por cristãos que se renderam ao canto da sereia mitológica de Darwin.

E aí?

Vai fazer parte da resistência ou continuar descendo com a correnteza?

sábado, 2 de outubro de 2010

Série: Os 10 mandamentos - Radio Jaca

Áudio da série: Os 10 mandamentos

Programa "E agora, Pastor?" Na Radio Jaca.

(Que rola toda sexta, às 22h)

Série: Os 10 mandamentos - Radio Jaca

Áudio da série: Os 10 mandamentos

Programa "E agora, Pastor?" Na Radio Jaca.

(Que rola toda sexta, às 22h)

Segundo Mandamento

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Série: Os 10 mandamentos - Radio Jaca


Áudio da série: Os 10 mandamentos

Programa "E agora, Pastor?" Na Radio Jaca.
(Que rola toda sexta, às 22h)



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"Tá... e quem criou Deus?"

Essa é a pergunta-objeção onipresente quando um cristão tenta usar o Argumento Cosmológico...
O Dr. Craig explica o erro dessa objeção:



O dr. Craig refere-se a uma posição ateísta que defende que o universo sempre existiu.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Estou saindo do armário...


Em anos recentes a situação tem ficado quase insuportável.
Não dá mais para ficar escondendo algo que faz parte de mim.
Pode soar politicamente incorreto e suscitar os preconceitos de alguém, mas eu preciso confessar isso publicamente.

Espero que minha família e meus amigos me entendam e me apoiem...


Então assumo: eu NÃO sou gay!
Eu sou heterossexual.
Sou heterossexual, cristã e casada.
Gosto de homem, sempre gostei.
Pronto, falei.

Nunca pensei em mulheres. Nunca achei desejável o corpo feminino.
Cresci numa família comum... Minha infância foi brincando de bonecas e casinha... E eu sempre era a esposa, a mãe...
Na adolescência, no despertar da minha sexualidade, eu fantasiava, sonhava com romances incríveis e impossíveis...Com homens! Professores, primos, amigos...
Sempre hetero...
Meu mundo é e sempre foi hetero!

Sei que posso enfrentar críticas e preconceitos numa sociedade completamente patrulhada pelo homossexualismo. Mas decidi sair do armário, e não volto atrás.

Depois que "entraram" no armário Ray Boltz, Tonéx e Jennifer Knapp, declarando sua homossexualidade, corro o risco de parecer uma puritana dentro da própria igreja, mas espero que meus irmãos crentes liberais me entendam e continuem me amando.

Amo a Jesus e pretendo servi-lo assim, com a minha "opção" sexual.

Se você chegou até aqui, no final deste post, te agradeço e peço que me entenda. Saiba que assim como eu, muitos outros heteros estão por aí, pressionados, vivendo um grande dilema, sofrendo o medo do preconceito e do rótulo.

E você meu amigo hetero e reprimido:
Se joga!
Ahaza!
Temos esse direito...

sábado, 31 de julho de 2010

O crente que quer ser legal e parecer intelectual (a qualquer preço)


Não tenho muita paciência com crente liberal, fã de alta crítica, e que trata a Bíblia com a mesma reverência que trata Shakespeare ou o gibi da Mônica.

Tenho mais apreço e respeito por ateus irredutíveis e até por anti-cristãos declarados do que por essa espécie patética e fantasmagórica de "cristão".
Não há problema em se tentar entender as narrativas bíblicas por meio de explicações alternativas. Mas há um limite: existem fatos bíblicos que são inegociáveis, para os quais a Bíblia não deixa muita margem para discussão.

A Palavra de Deus não pode ser dissecada, amputada ou adaptada por conta da interpretação naturalista dos fatos - por mais plausíveis ou intelectualmente estimulantes que pareçam.
Para um cristão de verdade, a Bíblia é quem modela a sua compreensão da arqueologia e da ciência.

Por isso continuo criacionista, tendo que ouvir zombaria de ateus e de cristãos que querem ser cool. Não me importa: pra mim os 2 grupos se equivalem. Com uma única diferença: o ateu é coerente, fala que não crê e vive de acordo com isso. O crente "legal universitário" fala que crê, mas vive como se Deus não existisse.

Para quem crê em Gênesis 1:1 ("No princípio criou Deus..."), acreditar no resto é fichinha.

Aí está a raiz do problema: cristãos não crêem mais em Gênesis 1.
Nem em Gênesis 2.
Nem no Dilúvio.
Nem em... (acrescente aqui qualquer narrativa bíblica já plenamente "explicada" pelos gênios do Jesus Seminar).

E seguem o caminho descendente da alta crítica de mãos dadas com o ateísmo...

Como disse Billy Graham:
"Não encontro dificuldade em acreditar que Jonas foi engolido por um peixe. Eu acreditaria no relato ainda que a Bíblia dissesse que foi Jonas que engoliu o peixe!"
Não sou fundamentalista. O fato é que o cristianismo é minha cosmovisão, um sistema perfeito de crenças deduzidas a partir da Bíblia. Se eu tiver que fechar a Bíblia, então que o teólogo liberal feche o racionalismo, e que o ateu feche o materialismo e o naturalismo.

Aí sim, seremos todos (in)felizes igualmente no mundo da irracionalidade e do absurdo.
A regra do "abra mão disso" deve servir para todos.

Como isso nunca acontecerá, permitam-me viver solidamente minha cosmovisão lógica e racional enquanto se afogam no mar de relativismo.

Muito obrigada.

Resumido por "Toque no Altar":

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Não se fazem mais ateus como antigamente...

Ê juventude... caso perdido...

Ateu de modinha é fogo.
Literalmente.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Onde está o nosso tesouro?

“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” Mt 6.21

Primeiro, descubra o quanto você é rico aqui no globalrichlist. Coloque os seus rendimentos anuais (em dólares ou euros) e clique em “show me the money”.
Inacreditavelmente, fiquei entre os 15% mais ricos do planeta.

A explicação: tem muito pobre e miserável no mundo. Nós cristãos temos alguma coisa a ver com isso? Suspeito que sim.

Gastamos 1 R$ bilhão por mês com o mundo gospel.

As igrejas evangélicas no Brasil também arrecadam mais de 1 bilhão por mês.

Podemos gastar R$ 5 milhões para "descobrir novos adoradores"e teremos muito mais público crente num evento evangélico de entretenimento do que numa chamada missionária.

Cada um gasta o seu dinheiro e o seu tempo como bem entender, claro.
E eu também sou cúmplice do consumismo evangélico, que em vez de trabalhar para ser o sal da terra, luta para ter sucesso e conforto, ser feliz e próspero.

Mas existem opções mais cristãs, se esse post o fizer pensar:

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O que está no cd também está no coração?


Esse é um post dedicado a todos os músicos cristãos: e se o seu ministério musical lhe custasse a vida? E se o cd que você tanto sonha gravar lhe custasse a liberdade? E se a sua carreira musical gospel o levasse diretamente para a prisão e tortura?

Conheça Helen Berhane.

Helen era cantora evangélica e membro da igreja Rhema na Eritréia. Sua igreja é uma das várias igrejas cristãs não reconhecidas oficialmente pelo Estado e, por isso, perseguidas.

Em Maio de 2004 ela lançou um cd evangélico que fez enorme sucesso entre os jovens, e por isso foi presa e submetida a tortura e maus tratos por 2 anos e 5 meses. Junto com Helen, foram presos alguns adolescentes do seu pequeno grupo de oração. Foi-lhe dada a chance de assinar um documento garantindo que nunca mais participaria de atividades evangelísticas, inclusive musicais.

Ela recusou. A sua justificativa foi "eu creio em cada palavra que canto".

A “prisão” em que Helen viveu era um container no campo militar de Mai Serwa. Ela ficou totalmente isolada de sua família, não tinha direito a representação legal e nem a cuidados médicos.
Dentre os vários tipos de tortura a que foi submetida, Helen passava horas na posição do “helicóptero”, de cabeça para baixo, com braços e pernas amarrados para trás. Era submetida a condições extremas de calor e frio: chegava a 40 graus durante o dia, e a 10 graus negativos em certos períodos. Helen teve sua perna quebrada e frequentemente ficava sem comida ou qualquer tipo de higiene básica.

Ela permaneceu ali até 2006, sem ter sido formalmente acusada e sem nenhum julgamento. As autoridades da Eritréia chegaram a negar a existência de Helen e de outros cristãos presos. A pressão internacional sobre o governo da Eritréia foi liderada por grupos cristãos de todo mundo e pela Anistia Internacional.
Em outubro de 2006, Helen foi solta. Com sérios problemas de saúde, mas com uma fé inabalável. Ela tem problemas no fígado e nos rins, e também anda com alguma dificuldade. “Mas já me desfiz das muletas”, ela conta.

Após a libertação, Helen e sua filha Eva voaram para o Sudão e conseguiram asilo na Holanda, onde vivem. No Brasil, o caso foi divulgado pela Missão Portas Abertas e pela cantora Fernanda Brum, que posteriormente homenageou Helen doando-lhe o seu Troféu Talento de “cantora do ano”, que havia recebido no Brasil em 2007.

Helen segue testemunhando do amor e do poder de Deus, e convocando os cristãos de todo mundo a erguerem a sua voz em nome da justiça.

E então amigo músico: ainda tá afim de seguir "carreira gospel" ou quer testemunhar de verdade? Quando você canta coisas como "te seguirei até o fim", o que isso significa? O que vai no cd, vai também no coração?

Ouça Helen cantando a capella na Irlanda



Aqui neste link Helen conta como as orações do povo de Deus a sustentaram na prisão.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Nós já decidimos! - o testemunho de duas iranianas

Maryam, 27, e Marzieh, 30, foram presas pela primeira vez no dia 5 de março de 2009, por abandonarem o islamismo. As autoridades iranianas as mantiveram na solitária da prisão de Evin, desprovidas de tratamento médico, vendadas, e passando por longos períodos de interrogatório. Recentemente, foram transferidas para uma cela lotada.

No momento da audiência, o promotor público, Haddad, perguntou para Maryam e Marzieh sobre sua religião e disseram para que elas desistissem de sua crença em Cristo. Quando ele questionou se eram cristãs, elas responderam: “Nós amamos Jesus”.

Então, ele repetiu a pergunta, e elas disseram: “Sim, nós somos cristãs”.

Quando o promotor afirmou: “Vocês eram muçulmanas e se tornaram cristãs”, elas responderam: “Nós nascemos em famílias muçulmanas, mas não somos muçulmanas”.

Durante o interrogatório, quando elas fizeram referência a como Deus as confrontou pelo Espírito Santo, o promotor disse: “É impossível Deus falar com os seres humanos”.

Então, Marzieh perguntou: “Você está questionando o poder soberano de Deus?”.

Ele respondeu: “Você não é digna de que Deus fale com você”.

Marzieh disse: “Não é você, e sim Deus, que deve dizer se sou digna ou não”.

Antes que a audiência acabasse, o promotor disse para que elas pensassem na opção de retornar ao islamismo, mas Maryam e Marzieh responderam: “Nós já nos decidimos”.

Depois disso, elas foram enviadas de volta para prisão até decidirem desistir de sua religião. Apesar de a acusação pedir a mesma sentença dada em casos de apostasia, o juiz não pronunciou nenhum veredicto.

Cinco meses de abuso e maus tratos causaram danos na saúde de nossas irmãs. Elas perderam peso e não receberam atendimento médico. Marzieh sofreu de dores na coluna, infecção dentária e fortes dores de cabeça.

"Nós não negaremos a nossa fé. Se vamos sair da prisão, nós queremos fazê-lo com honra", elas disseram ao juiz.
Liberdade afinal

Em 18 de novembro de 2009, Maryam e Marzieh foram libertadas da prisão. No entanto, a provação ainda não tinha terminado para as duas. Apesar de soltas, as acusações que sofriam ainda não haviam sido descartadas e, em Abril, Maryam e Marzieh foram convocadas para outra audiência.

Após um mês de espera ansiosa por um veredito, finalmente a notícia de que em 23 de maio de 2010, todas as acusações contra Maryam e Marzieh foram retiradas.

Mesmo assim, elas fugiram para um país desconhecido, onde teriam a liberdade de praticar a sua fé, depois de terem sido avisadas pelas autoridades judiciárias muçulmanas do Irã que qualquer futura atividade cristã no Irã seria severamente punida.

"Nós somos muito gratas a todos que oraram por nós. Eu não tenho nenhuma dúvida que Deus ouviu as orações de Seu povo. Eu acredito que a nossa prisão e subsequente liberdade estavam no tempo e plano de Deus, e que tudo foi para a Sua glória. Mas as orações do povo encorajaram e nos sustentaram neste momento tão difícil".

***
Resumo da Ópera: e pensar que tem crente desistindo da fé e do chamado porque ninguém lhe deu "bom dia"...
Resumido aqui pela banda 4 por 1: "Um Chamado"



Notícias sobre o caso aqui, aqui e aqui.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Um convite à liberdade

Promover a liberdade dos outros é libertar-se de certa forma.
Só pode se considerar livre de verdade aquele que se encontrou: que está vivendo a vida que Deus planejou para ele, fazendo a vontade de Deus do modo e no lugar certos.



Esse filminho ganhou um prêmio em 2006.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Seu sucesso está a 4 acordes!

Existe uma sequência de 4 acordes presente na maioria dos hits. O tom pode mudar, o andamento, o estilo também, mas onde houver um sucesso haverá enorme chance de encontrarmos os 4 acordes mágicos.

Meu marido me fala isso faz tempo e eu nunca tinha levado a teoria dele à sério.
Agora, o grupo Axis of Awesome fez uma pesquisa e descobriu que 40 hits dos últimos 40 anos usaram a mesma sequência de 4 acordes:


Experimente compor algo com essa sequência e suas chances de sucessos aumentarão heheh

C G Am F, ou
F C Dm Bb, ou
E B C#m A, ou
D A Bm G, ou
etc

Teoria da evolução e a frenologia

Crentes darwinistas evolucionistas são comparados a frenologistas e crentes da Terra quadrada em artigo do Times Herald.

Vale a pena dar uma lida.
(A menos que vc seja um crente darwinista. Aí é melhor não ler)

extraído do blog Pos-darwinista

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Esperança para traidores


Helmut Thielicke conta a história de um homem que, vivendo no sombrio Terceiro Reich de Hitler, assumiu uma firme posição contra o governo nacional e tudo o que ele representava. Acabou detido. Foi enviado para a prisão, onde durante muito tempo foi mantido na solitária, suportando surras e torturas constantes, pois seus captores procuravam arrancar-lhe uma confissão que lhes desse subsídios para condená-lo por algum crime.

Depois de vários meses ele foi solto sem nenhuma acusação. Cansado, fisicamente fraco e desnutrido, mas com o ânimo nem um pouco abatido, ele continuou a fazer ardorosa oposição ao estado totalitário, como sempre fizera. Duas semanas depois de sua libertação ele foi encontrado morto, enforcado - suicidou-se no sótão de sua casa.

As pessoas que acompanharam o caso com interesse perguntavam-se como a força e a coragem desse homem acabaram sendo destruídas. Aqueles que o conheciam mais de perto sabiam o motivo. Ele havia descoberto algo terrível: foi seu próprio filho quem o havia denunciado e entregado aos nazistas...

A traição de uma pessoa que ele amava conseguiu o que a brutalidade do sistema não tinha conseguido.

A traição causa uma dor que ultrapassa a dor física, não importa a intensidade. O santuário íntimo do coração se fende e não há defesa ao alcance da mão. Uma coisa é o sofrimento causado pelos inimigos. O sofrimento inflingido por um amigo ou uma pessoa querida é bem diferente.

Claro que estou pensando em Judas.

Que palavras Jesus diria a Judas se ele estivesse na praia com Pedro após a ressurreição?
No mínimo, deveríamos crer que o perdão oferecido livremente a Pedro e a todos que desejam recebê-lo estaria também disponível para Judas. Não podemos especular muito sobre isso. Mas podemos reafirmar o alcance do amor de Deus. Pois se não houvesse esperança para um crime hediondo como o de Judas, não haveria esperança para nenhum de nós.

Todos nós a nosso próprio modo temos traído a Jesus inúmeras vezes.
E geralmente por menos de trinta moedas de prata.

domingo, 18 de abril de 2010

O pior para quem dá o melhor

Deus nunca ofereceu menos que o melhor de si para seus filhos. O homem se supera mais e mais ao descobrir novas formas de oferecer o pior de si a Deus. No livro de Malaquias, Deus faz um desabafo que soa como um forte “Chega!” Tratamos disso no post "Malaquias não fala só de dízimo". O povo ofereceu o pior cordeiro que havia, e esperou a resposta...

Malaquias é o ultimo livro do AT e, depois dele, Deus silenciou por centenas de anos.
Não houve mais nenhuma atividade visível.

Mas Deus quebra o silêncio!

E quando o faz, o que a humanidade ouve é algo como:
“Não tenham medo. Estou trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2:8-11)

Deus trouxe o seu melhor Cordeiro para aqueles que Lhe ofereciam os piores cordeiros.

O primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho. De acordo com a avaliação do mestre-de-cerimônias, aquele era o melhor vinho. Jesus deu o melhor.
Na cruz, antes de seu último suspiro, Jesus teve sede.
Ofereceram para ele vinagre, vinho estragado, da pior qualidade.

Sempre foi assim: Deus nos dá o melhor, e nós Lhe oferecemos o que há de pior...

resumido pelo Novo Tom, em "O pior do homem, o melhor de Deus"

O poder do amor

A avaliação do centurião romano de que aquela Vítima da maior injustiça humana, exausta, suja, maltratada, era e é o próprio Filho de Deus pode não ser uma conclusão provável, mas é a conclusão à qual a fé cristã se dirige à despeito de todas as aparências. É uma conclusão que nos obriga a reconsiderar o modo como estamos acostumados a pensar em Deus. Agregamos naturalmente à Deus imagens de poder, glória, esplendor e majestade irrestritos, o tipo de poder que associamos aos senhores feudais e suseranos. É um tipo de poder que deixa pouco espaço para a vulnerabilidade, o sofrimento, a fraqueza ou o sentimento divino.

Convido você a ler o subversivo (e em certos versos, blasfemo) poema “High and Lifted Up” (Elevado e Exaltado), de Studdert Kennedy, e redescobrir que tipo de poder define o “poder de Deus”.

Sentado no trono do poder, com o cetro em tuas mãos
Enquanto a multidão de anjos se posta para te servir.
Foi assim que o profeta te viu, em arrebatamento,
Enquanto o som de muitas águas ondulava no ar como música,
Ondulava até explodir como trovão num brado de perfeito louvor
“Santo, santo, santo Pai, teu é o domínio pelos séculos dos séculos.
Teu é o reino, tua é a glória, teu é o esplendor do sol,
Tua é a sabedoria, tua é a honra, tua é a coroa da vitória conquistada”.

Foi assim que o profeta te viu, assim este artista também te viu,
Dá colorido à sua visão, mistério de ouro e azul.
Mas permaneço ali aflito e maravilhado; meu Deus, meu Deus, não posso ver,
Trevas profundas e mais profundas trevas – o mundo inteiro está sombrio.
Onde está o poder? Onde está a glória? Onde está a vitória conquistada?
Onde está a sabedoria? Onde está a honra e o esplendor do sol?

Deus, odeio esta esplêndida visão – todo seu esplendor parece mentira,
Tolos ilustres vêem tolices grandiosas, esplêndida miragem nascida para morrer.
Como águas imaginárias para um sedento agonizante,
Como a visão de um banquete para um corpo castigado pela fome,
Como um anestésico para o soldado louco de dor,
Enquanto seu corpo dilacerado e torturado se agita, se torce e se contorce,
Esta esplêndida visão enganadora se agita em meu coração descrente,
Como uma baioneta enferrujada na ferida aberta.

Pregadores tentam me confortar, e eu os amaldiçôo por sua coragem,
Tagarelices mesquinhas e fúteis de poder e graça; de poder e sabedoria ilimitada
Que cuida das pequenas aves, veneno açucarado e sentimental
Num caldo de palavras enjoativas.
Mediocremente piedosos, ultrapassando todas as dúvidas e medos,
Eles falam da misericórdia do Deus que seca lágrimas.
Seu discurso é afogado em soluços, e ouço o grande gemido do mundo,
Enquanto vejo milhões de mães chorando sozinhas,
Vejo uma multidão de donzelas inglesas queimando em fogueiras,
Enquanto uma multidão de corpos ainda estremece no arame farpado alemão.

E odeio o Deus do poder em seu trono celeste e infernal,
Olhando o estupro e o assassinato, ouvindo o gemido das crianças.
Embora um milhão de anjos o saúdem “rei dos reis”, eu não posso saudá-lo.
Nada que possa quebrar o silêncio da minha dor segura o grito:

“Tu que governas este mundo de pecadores com tua pesada vara de ferro,
Existiu algum pecador que pecou o pecado de Deus?
Houve algum vilão que ficaria olhando o vândalo empurrar a baioneta
Nas entranhas de um bebê só por diversão?
Louve a deus nos mais altos céus, em todas as alturas seja louvado,
Aquele que em todas as suas obras é feroz, como um animal em seus caminhos”.

Deus, o Deus que amo e cultuo, reina na aflição do madeiro,
Alquebrado, sangrando, mas indomado, o verdadeiro Deus de Deus para mim.

Toda a pompa ostensiva de esplendor, todas as asas de anjos resplandecentes
Foram emprestadas das bugingangas que rodeiam os reis terrenos.
Numa manjedoura, num chalé, num barraco de um trabalhador honesto,
Nos lares de camponeses humildes e na vida simples deles,
Na vida de um proscrito e de um vagabundo na terra,
Nas coisas comuns que ele valorizou e declarou de valor inestimável,
E acima de tudo no horror de sua morte cruel,
Num criminoso crucificado tu nos convidas a procurar tua glória.

E nós a encontramos – porque a tua glória é a glória da perda do amor
E não tens nenhum outro esplendor senão o esplendor da cruz.
Pois em Cristo eu vejo os mártires e a beleza de sua dor,
E nele ouço a promessa de que na morte serei ressuscitado.

Elevado e exaltado, eu o vejo no eterno Calvário,
E duas mãos traspassadas estendidas para leste e oeste, sobre terra e mar
Caio de joelhos e louvo pela grande cruz que reluz nas alturas,
Porque o verdadeiro Deus dos céus não é só poder,
mas é o poder do amor.


Resumido em (linda a progressão a partir de 2:20...):