Sim, existem comportamentos na igreja que me incomodam.
Sim, se dependesse de mim algumas pessoas não fariam parte da igreja.
Sim, sei que esses pensamentos podem ser perigosos e pecaminosos.
Ao lado do meu ímpeto justiceiro eu tenho a experiência de Jesus “purificando” o templo com um chicote, alem de vários juízos divinos entre o seu povo. No entanto, existem vários textos bíblicos que nos orientam a não julgar, não condenar e ate mesmo a deixar o trigo e joio crescerem juntos ate o tempo da colheita.
Então, que postura devemos adotar? Julgo ou não julgo, limpo ou não limpo a igreja?
Existe um caminho sobremodo excelente, indicado por Paulo, que é o amor (1 Co 13).
Esse é um ótimo começo. Se em tudo o que eu fizer não houver o selo do amor divino, não vai servir de nada.
Me parece uma obrigação cristã julgar. Devemos julgar pessoas, ensinos e atitudes dentro de nossas claras limitações humanas (nunca julgaremos as intenções, por exemplo, a menos que se tornem conhecidas). A proibição de julgar refere-se a preconceitos e a julgamentos precipitados sobre intenções não conhecidas e fatos dos quais não temos pleno conhecimento. Também se refere ao espírito critico e condenatório. Pode-se ler mais sobre isso nos artigos “Crente Pode Julgar?", "Julgar ou nao Julgar?" e "Devemos Julgar?"
Mas, após julgarmos, o que fazemos? Estamos autorizados a pegar o chicote e sair limpando o templo como Jesus fez? Não. A menos que você esteja disposto a subir o monte de calvário e morrer por cada uma dessas pessoas, você não tem nenhuma autorização para fazer isso.
No entanto, a disciplina eclesiástica existe, é matéria bíblica. Deveríamos aprender biblicamente como lidar com escândalos, pecados publicamente cometidos e comportamentos abertamente contrários ao que ensina a Bíblia.
Em nossa boa intenção de “purificar” a igreja e manter o alto padrão, corremos o risco de agir como os fariseus da época de Jeus: criamos uma comunidade excludente.
Fugindo do extremo das igrejas liberais que tornaram o Evangelho em mero detalhe ornamental de vidas pecaminosas, podemos cair facilmente no outro extremo de tornar o Evangelho no chicote para massacrar pessoas em nossa tentativa de separar manualmente o joio do trigo.
Quando surgir aquela "santa" vontade de limpar a igreja de seus membros infiéis e manter os pecadores do lado de fora, pense na sua historia. Aquele que o convidou "Vinde a mim" prometeu que todo aquele que fosse a Ele seria aceito, e de modo algum Ele o lançaria fora.
A turma do PottersHouse resume isso em 30 segundos:
Fico doida qdo alguém usar o exemplo de Jesus expulsando os vendilhões do templo para justificar seu farisaísmo e desvio do "caminho sobremodo excelente". Uma das coisas q digo é essa q está expressa no 5º parágrafo (aliás, pq não está dando pra copiar e colar coisas aqui nos comentários?).
ResponderExcluirQuer ser grosso, rancoroso, brigão ou o q for? Ok, mas inclua Aquele q é "manso e humilde de coração", o "Cordeiro de Deus", fora dessa.
Nem sei pq q não dá pra colar...
ResponderExcluirdeve ser coisa aí do seu navegador (eu uso Google Chrome e dá pra colar).
Sobre seguir o exemplo do chicote: o pior é que o povo gosta de dar e receber umas chicotadas (geralmente chamam de "exortação").
Depende do momento. Agora, por exemplo, está copiando e colando normalmente.
ResponderExcluirÉ, tem gente gosta mesmo do tal do chicote. Não q ele ñ tenha seu lugar se devidamente utilizado. Mas, para mtos pentecostais, se o sermão ñ tiver grito, ñ foi fervoroso; para mts adventistas, se não tiver chicote, foi água com açúcar. Cada qual com sua espécie de culto irracional.