segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A "oração da Propina" e a "oração do Publicano"

Esse é um post óbvio nesse contexto de escândalo que envolve políticos crentes.

Jesus contou uma história:

O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: " Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho."

O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: "Deus, sê propício a mim, pecador!" Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado"
(Lc 18.9-14).

Os publicanos eram coletores de impostos do imperio romano, odiados pelos judeus e envolvidos até o pescoço num sistema de corrupção cobrando das pessoas além do que deveriam.

Eram repudiados pelos fariseus.

Aqui nesse vídeo temos um grupo de deputados envolvidos num escândalo de corrupção. Não sei até que ponto eles são culpados, as investigações apenas começaram. O que quero destacar é a oração desses publicanos modernos:

"Sabemos que somos falhos, somos imperfeitos, mas o teu sangue nos purifica de todo pecado"


São fariseus ou publicanos?
Desceram justificados por Deus?

Entre orar "Deus, sê propício a mim, pecador!" e orar "eu sei que não presto mas tu me perdoas sempre" existe uma tênue diferença: transformar a graça em libertinagem.
Pecado premeditado usando a graça de Deus como uma apólice de seguros, um cheque em branco, um salvo-conduto para a avacalhação.

Agora já não sei se sou dos publicanos ou dos fariseus...
Estragaram a "boa-reputação" que os publicanos da Bíblia conseguiram...

Tomara que tudo não passe de um mal-entendido (mode "Pollyanna Menina" on)

Nenhum comentário:

Postar um comentário