segunda-feira, 12 de abril de 2010

Novamente, o argumento teleológico

Antes, uma explicação: pretendo fazer postagens sucessivas sobre os argumentos racionais para a existência de Deus. Como pessoas engajadas em discussões filosóficas e apologéticas deveriam saber, esses argumentos são cumulativos, e a somatória deles leva o peso da evidência não apenas em direção ao teísmo, mas finalmente em direção ao teísmo cristão.

Aqui você pode assistir William Lane Craig resumindo de modo simples o argumento teleológico (que me parece um alienígena para cristãos, céticos e pseudo-céticos).



(espero não ter que desenhar...)

12 comentários:

  1. Vanessa:

    Sem querer ofender, os criacionistas não cumprem regras simples de raciocínio, ficam desacreditados assim,

    No seu filme, a pessoa estava explicando o tempo todo a favor de um criador. No fim empregou como conclusão "divino", algo que não figura nas premissas. Ele deveria ter finalizado com a conclusão de "um criador" (que pode ter sido até uma fada). Um exemplo paralelo:

    1 - SE para morrer por assassinato, a causa da morte deve ter sido causada por outra pessoa,

    2 - Se a morte de Paulo foi causada por outra pessoa,

    3 - Logo, Paulo morreu por assassinato de Anderson. (Opa, Anderson não está nas premissas).

    Viu o erro?

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  2. Não sei se percebeste, Luciano, mas esse é um trecho de uma série de argumentos...

    Ele está apresentando alguns dos principais argumentos a favor do teísmo cristão. Nesse vídeo, ele apresenta UM deles. Certamente, o "divino" não surgiu arbitrariamente na mente do Dr. Craig.

    Pow, tá ficando chato ter q explicar sempre a mesma coisa...

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  4. nmhdias,
    esse argumento não é o responsável direto por identificar o Deus da tradição judaico-cristã como o causador do fine-tunning universal.

    (vou começar a cobrar por ficar informando sempre a mesma coisa)

    Seria bem mais legal se vc apontasse objetivamente os erros na argumentação do Dr. Craig.

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  6. Clayton Luciano,

    “1 - SE para morrer por assassinato, a causa da morte deve ter sido causada por outra pessoa,

    “2 - Se a morte de Paulo foi causada por outra pessoa,

    “3 - Logo, Paulo morreu por assassinato de Anderson. (Opa, Anderson não está nas premissas).”

    Realmente, “Anderson” não está nas premissas (o que torna o argumento inválido). Mas é este “um exemplo paralelo” ao que tinhas acabado de escrever? Bem, embora Anderson não conste nas premissas, ele é certamente uma pessoa, pois só uma pessoa pode cometer um homicídio. Mas será que uma fada pode criar ex nihilo? Como é que tu sabes que “pode” ter sido uma fada?

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  7. Olá Vanessa,

    Vi o video por inteiro, do 1 ao 6.

    Muito bom. Contudo, engraçado, é que não tem nada de muita novidade. Visto que, a maioria das considerações, filósofos antigos, mostraram pela lógica e razão, que o ateismo (apesar que não existia tal pensamento na época) era totalmente absurdo. Simplesmente o 'existir' é totalmente metafísico e incontestável.
    O existir necessita de 2 coisas (segundo a visão de Sêneca [filósofo estóico romano, pagão, da primeira Era cristã]:
    tempo e espaço.
    Logo a existencia necessita do tempo por definição. (logo se atribui o valor "eternidade"). A necessidade do espaço gera a existência, necessariamente a "onipresença" Pois se nõa há presença (existencia) não há espaço [sendo que vácuo é espaço, apenas sem matéria]). Logo se há existencia há informação o que gera a onisciência. E a existencia gera todas as possibilidades, assim como a energia e a constituição primária de todos os objetos. Logo isso significa a onipotência.

    Assim sendo, mesmo que não se aceite a idéia de 'um ser' divino. A própria existência é uma divindade metafisica, que se constitui pela:
    - eternidade
    - onipotencia (todas possibilidades e constituição daquilo que existe)
    - onisciência (toda a informação inicial e gerada)
    - onipresença (a própria existencia defini isso)

    Logo, a existência, mesmo não sendo um ser divino. Está totalmente coerente com a definição biblica de Deus <Seneca não conhecia a Biblia... mas chamou tal entidade de "autor ou criador".

    Além disso, há o argumento estatistico. Se para a existencia do Universo e da vida é necessario admitir uma possibilidade infinita. Logo, a existencia de Deus é uma dessas possibilidades. Negá-la é negar a própria diversidade e casualidade (visto que é uma possibilidade) que é sustentação do ateísmo. Logo isso é uma contradição lógica, logo não se pode admitir a possibilidade infinita; logo a casualidade é refutada.

    Como creio, ateu é simplesmente pessoas que por alguma emoção ou birra não querem aceitar a possibilidade da existência de Deus; ou que isso não é importante para tal (quer ser um ser neutro sem responsabilidade quanto a propósito, por isso abraça a casualidade).

    Pois para quem estudar seriamente filosofia, até mesmo das ciencias; tanto as cristãs, quanto pagãs, e as céticas sérias, quanto as atuais quanto as da antiguidade. Sabe que o ateismo não tem fundamento nenhum a não ser na opinião e desejo pessoal.

    Por isso não perco mais tempo com ateu. Um ou outro, que dá a entender que são sinceros, e estão em busca de respostas e razões. Mas como estes são raros.

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  8. Luciano,

    Quanto a idéia de "Criador", é realmente algo bem interessante.

    Eu particularmente fiquei espantando com isso quando comecei a estudar linhas filosóficas não-cristãs; como a de Sêneca. Bem, o próprio Sêneca analisa a visão de Aristóteles e Platão... e por fim conclui que ambos falam "do mesmo criador" (apesar de um ou outro atribuir mais valor para determinados 'acessórios', mas a essência era o mesmo).

    Em vários os casos, sim se chega a essa idéia de um criador. Mas como você disse: "Por que Anderson e não uma fada?"
    Então, aí entra outra questão que é a de caracterizá-lo. No caso de Sêneca, mesmo sendo pagão que seguiu uma educação mitológica grega e que não conheceu o judaismo, a sua caracterização do criador é coerente como o Deus que a Bíblia caracteriza. E não só ele, como outros.

    Então aí não é mais uma questão se há ou não um Deus criador. Mas sim quem ele é. E para tal analise é preciso voltar-se para a teologia; mesmo Seneca, sem premissas religiosas, acabou por caracterizando o Deus da Bíblia.

    Uma dica: defina Anderson, defina a fada. E comece a estudá-los, assim como a lógica e todo o conjunto até ver quem é o que se encaixa coerentemente com o todo. E se quiser pesquisar todas as divindades de todas as religiões para isso, recomendo começar logo, pois são milhares. E aí há 2 métodos:

    1. Eliminação
    Vai analisando e refutando todos, até que sobre apenas um irrefutável. Claro os anos da vida podem ser insuficientes para este trabalho.

    2. Comece com uma indicação, pois pode ser uma indicação certa. No caso sugiro o Deus da Biblia, caracterize-o e veja se está de acordo com o todo e se é irrefutável. Se sim. Então é ele. E se houver em uma outra religião um identico a tal, então, por fim se trata do mesmo. E se não for tal, bem, pode voltar a usar o método 1.

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  11. 2012 e as pessoas ainda discutem a existencia de Deus,PQP,realmente o serhumano deve ser o ser pensante mais atrasado do universo,parte da culpa disso é da religiao que atrasou o avanço da humanidade 1 mil anos,durante a idade media,ou como todos conhecem"IDADE DAS TREVAS",quando o catolicismo reinava,matava,torturava,roubava etc,enfim,eu que nao sou burro,nem criança pra acreditar em contos de fadas,só lamento.

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