quinta-feira, 22 de abril de 2010

Esperança para traidores


Helmut Thielicke conta a história de um homem que, vivendo no sombrio Terceiro Reich de Hitler, assumiu uma firme posição contra o governo nacional e tudo o que ele representava. Acabou detido. Foi enviado para a prisão, onde durante muito tempo foi mantido na solitária, suportando surras e torturas constantes, pois seus captores procuravam arrancar-lhe uma confissão que lhes desse subsídios para condená-lo por algum crime.

Depois de vários meses ele foi solto sem nenhuma acusação. Cansado, fisicamente fraco e desnutrido, mas com o ânimo nem um pouco abatido, ele continuou a fazer ardorosa oposição ao estado totalitário, como sempre fizera. Duas semanas depois de sua libertação ele foi encontrado morto, enforcado - suicidou-se no sótão de sua casa.

As pessoas que acompanharam o caso com interesse perguntavam-se como a força e a coragem desse homem acabaram sendo destruídas. Aqueles que o conheciam mais de perto sabiam o motivo. Ele havia descoberto algo terrível: foi seu próprio filho quem o havia denunciado e entregado aos nazistas...

A traição de uma pessoa que ele amava conseguiu o que a brutalidade do sistema não tinha conseguido.

A traição causa uma dor que ultrapassa a dor física, não importa a intensidade. O santuário íntimo do coração se fende e não há defesa ao alcance da mão. Uma coisa é o sofrimento causado pelos inimigos. O sofrimento inflingido por um amigo ou uma pessoa querida é bem diferente.

Claro que estou pensando em Judas.

Que palavras Jesus diria a Judas se ele estivesse na praia com Pedro após a ressurreição?
No mínimo, deveríamos crer que o perdão oferecido livremente a Pedro e a todos que desejam recebê-lo estaria também disponível para Judas. Não podemos especular muito sobre isso. Mas podemos reafirmar o alcance do amor de Deus. Pois se não houvesse esperança para um crime hediondo como o de Judas, não haveria esperança para nenhum de nós.

Todos nós a nosso próprio modo temos traído a Jesus inúmeras vezes.
E geralmente por menos de trinta moedas de prata.

8 comentários:

  1. Olá Vanessa.

    É recente o meu contacto com o teu blogue (através do blogue do Sabino), mas desde já deixo os meus parabéns pelo bom trabalho efectuado.

    Gostaria de comentar este último artigo e destacar o que creio ser o ponto central do mesmo.

    Se te interpretei bem, tu pareces indicar que de alguma forma havia uma hipótese de Judas se salvar, de receber o perdão de Deus pela sua traição. Embora manifestando prudentemente alguma cautela (quando dizes a seguir que não “podemos especular muito sobre isso”), ainda assim referes que “deveríamos crer que o perdão oferecido livremente a Pedro e a todos que desejam recebê-lo estaria também disponível para Judas”.

    Gostaria de apresentar apenas uma razão (existem mais) pela qual não concordo com essa posição:

    1) Em João 17, Jesus profere aquela que tem sido chamada de oração sacerdotal. Jesus ora ao Pai pelos discípulos, para que Este vigie sobre eles, uma vez que Jesus volta para o Pai. Então ele diz no verso 12:

    Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, SENÃO O FILHO DA PERDIÇÃO, PARA QUE A ESCRITURA SE CUMPRISSE.

    Judas é aqui chamado de “filho da perdição”, um claro hebraísmo para contrastar a situação dos outros discípulos/apóstolos, cujo “nenhum se perdeu”, e Judas, o “filho da perdição”. Isto foi “para que a Escritura se cumprisse”. Uma implicação parece ser a de que Judas se perdeu, porque Jesus não o guardou – a Escritura precisava de ser cumprida. No versículo anterior (verso 11) Jesus pede ao Pai para que guarde os discípulos, uma vez que Jesus vai embora para o Pai (verso 13). Uma vez que Judas não voltou a se juntar aos discípulos, mas ao invés disso, se suicidou, a implicação é a de que o Pai não guardou a Judas. Se em relação a este ponto surgir a tentação de responder que o Pai não guardou a Judas porque Judas nunca aceitou o perdão de Deus, e já que comparas no teu artigo o caso de Judas com o de Pedro, eu faço lembrar Lucas 22:32:

    Mas EU ROGUEI POR TI (isto é, por Pedro), para que a tua fé NÃO DESFALEÇA; e tu, QUANDO TIVERES VOLTADO, fortalece os teus irmãos.

    Jesus diz que rogou ao Pai por Pedro. Qual o propósito? Para que a fé deste “não desfaleça”. O Pai ouviria o rogo de Jesus? Sim, pois logo a seguir Jesus diz que Pedro voltaria. Tendo em conta as palavras subsequentes de Pedro (versos 33-34), o que Jesus parece estar a indicar é que Pedro VOLTARIA a Cristo em fé, DEPOIS de o ter negado (o que constitui uma traição efectivamente). (Compara com João 21:18-19, onde Jesus claramente indica o que aconteceria com Pedro no futuro, e a sorte de morte que ele teria para a glória de Deus.)

    Claramente são casos diferentes. Eu creio que nunca existiu esperança nem perdão disponível para Judas, porque assim foi a vontade de nosso Deus e Pai.

    Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido. – Marcos 14:21

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  2. Olá João Gabriel,
    obviamente temos aqui uma contradição clássica entre calvinisno e arminianismo.

    Eu não creio em destino, e, como vc, também tenho vários motivos bíblicos para isso. Leio Jo 17:12 sob a ótica da presciência, não da predestinação. Saber não é determinar.

    Biblicamente, sei que o único pecado imperdoável é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Essa tua frase é estranha: "Eu creio que nunca existiu esperança nem perdão disponível para Judas, porque assim foi a vontade de nosso Deus e Pai"

    Foi a 'vontade' de Deus que 'Judas' (e não outro) fizesse o que fez? Ele nasceu para isso? Foi divinamente programado e predestinado para tal ato? Esaú nasceu para ser odiado? Faraó nasceu para ter seu coração endurecido?

    Não creio. Creio que todos podem escolher a quem servir. Escolhemos a quem vamos nos submeter.

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  3. Olá Vanessa,

    Tu referes que “temos aqui uma contradição clássica entre calvinismo e arminianismo”, e estás correcta, apesar de eu não me considerar estritamente um Calvinista.

    Tu referes que não crês “em destino”, mas eu também não, se por “destino” queres dizer “fatalismo” (que é como o termo é geralmente entendido). Eu acredito no determinismo divino.

    Tu dizes que lês João 17:12 sob a óptica da presciência e não da predestinação e concluis, “Saber não é determinar”. Com respeito a João 17:12, tu nem sequer tocas na breve exegese por mim oferecida. Eu pensei que não seria necessário dizer, mas o meu ponto foi salientar que aquela passagem apresenta uma Providência Activa/Determinista e não uma Providência meramente passiva. Tu diferencias “Saber” de “determinar”, mas isto no presente contexto, é raciocinar num círculo, pois o ponto que apresento é que Deus sabe/conhece todas as coisas precisamente porque determina todas as coisas.

    Referes também que biblicamente sabes “que o único pecado imperdoável é a blasfémia contra o Espírito Santo”. Mas não é isso que a Bíblia realmente diz. Vejamos:

    Em Mateus 12:32, Jesus diz: “E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.” O contraste é entre “alguma palavra contra o Filho do homem” e “falar contra o Espírito Santo”, e que o primeiro pode ser perdoado mas o segundo não. Em si mesmo, este texto não diz que a “blasfémia contra o Espírito Santo” é o ÚNICO pecado imperdoável, mas apenas que é um pecado imperdoável. (O mesmo acontece em Lucas 12:10.)

    Em 1 João 5:16, o apóstolo diferencia entre “pecado que não é para morte” e “pecado para morte”. Pelo primeiro, João aconselha a orar, mas em relação ao segundo, João diz, “por esse não digo que ore”. O erro de muitos creio, está em entender o termo singular “pecado”, na frase “pecado para a morte”, como sendo APENAS UM PECADO ESPECÍFICO (como blasfemar contra o Espírito Santo). Mas se assim fosse, também deveríamos entender a frase oposta “há pecado que não é para morte” (versos 16b e 17b) da mesma forma. Mas essa interpretação torna-se difícil em vista de João 5:17a: “Toda a iniquidade é pecado”. João pretende incluir debaixo de um termo singular (“pecado”) uma variedade de práticas iníquas.

    Tu referes que a minha frase (“Eu creio que nunca existiu esperança nem perdão disponível para Judas, porque assim foi a vontade de nosso Deus e Pai”) “é estranha”. Mas ela é estranha se assumirmos como válidas as tuas pressuposições teológicas.

    Tu perguntas: “Foi a 'vontade' de Deus que 'Judas' (e não outro) fizesse o que fez? Ele nasceu para isso? Foi divinamente programado e predestinado para tal ato? Esaú nasceu para ser odiado? Faraó nasceu para ter seu coração endurecido?” Eu respondo com um “sim” a todas essas questões. Se me permitires, gostaria que considerasses o seguinte material:

    http://www.google.pt/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=2&ved=0CBsQFjAB&url=http%3A%2F%2Ffaculty.gordon.edu%2Fhu%2Fbi%2FTed_Hildebrandt%2FOTeSources%2F02-Exodus%2FText%2FArticles%2FBeale-Hardening-TJ.pdf&rct=j&q=G.+K.+Beale+Exodus+14+hardening&ei=YQDWS6KQCM3bsAa7pNQl&usg=AFQjCNGazV3haUCTPty0tuakw6QYSPTITQ&sig2=hazq43-Rj7H-8CW3Uf_jGg

    http://www.desiringgod.org/ResourceLibrary/Sermons/ByScripture/30/124_The_Hardening_of_Pharaoh_and_the_Hope_of_the_World/

    http://www.desiringgod.org/ResourceLibrary/Sermons/ByScripture/10/123_The_Fame_of_His_Name_and_the_Freedom_of_Mercy/

    http://www.vincentcheung.com/other/godauthor.pdf

    “Creio que todos podem escolher a quem servir. Escolhemos a quem vamos nos submeter.” Ninguém nega que “todos podem escolher”. A pergunta é: Porque alguém escolhe o que escolhe? A pergunta concentra-se na metafísica por trás da escolha. É o homem livre em relação a Deus?

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  4. Olá João Grabriel,
    não pretendo encerrar uma discussão que já se arrasta a séculos nessa conversa contigo (seria muita pretensão nossa).

    Mas enquanto quiseres trocar idéias, aqui estarei (mas se eu não for uma "eleita" estarás perdendo tempo comigo).

    A tua leitura determinista de Jo 17:12 tbm é infectada pela tua pressuposição, não é uma leitura que surge naturalmente do texto (que é dúbio). A expressão "para que" (se cumprisse a Escritura) admite a minha e a sua leitura (ver dic. Grego, sugiro o verbete do Strong # 2443). Portanto, ver determinismo ali é uma opção, e a sua exegese fica reduzida a uma opinião.

    Não creio que ninguém tenha vindo ao mundo para ser imperdoável,perdido, odiado, por decreto divino. A Bíblia me garante que há perdão disponível para TODOS.

    -Deus deseja que TODOS se salvem (1 Tm 2:4)
    -A graça de Deus disponibiliza salvação a TODOS (Tt 2:11)
    -A graça veio pra TODOS (Rm 5:18)
    -Deus não quer que NINGUÉM se perca, mas que TODOS se arrependam (2 Pe 3:9)
    -O sacrifício de Jesus é propiciação para TODO mundo (1 Jo 2:2).

    Vc contradiz a mensagem salvífica da Bíblia ao excluir Caim, o Faraó, Judas e quem quer q seja dos "TODOS" de cada texto. Deus não faz acepção de pessoas.

    Sobre o pecado imperdoável: o texto é claro ao dizer que TODO pecado E blasfêmia seriam perdoados. Pecado E blasfêmia. Ao destacar o "falar contra o Filho" e desprezar o "todo pecado" vc operou o texto sem anestesia.
    Se tomarmos o texto inteiro, a lição é clara: TODO pecado tem perdão, exceto a blasfêmia contra o Esp. Santo.

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  5. Olá Vanessa,

    Antes de mais, queria admitir que o meu tratamento de Mateus 12:32 foi descuidado, ainda que não intencionalmente. Assim, quando dizes que ao destacar o “falar contra o Filho” e desprezar “todo pecado”, operei “o texto sem anestesia”, estás certa (e saliento de novo, foi realmente um descuido, mas não houve a intenção de ser desonesto). Ainda assim, acho que Mateus 12:327/Lucas 12:10 não suporta o ponto que queres estabelecer. Considera as seguintes três proposições:

    P1) Deus perdoa todo o (“toda a sorte de”) pecado, excepto a blasfémia contra o Espírito Santo.

    P2) Judas não blasfemou contra o Espírito Santo.

    P3) Não existe perdão possível para Judas porque Deus determinou a traição e a perdição eterna de Judas.

    Que as três proposições são consistentes vê-se pelo facto de as três poderem ser simultaneamente verdadeiras sem contradição. Imagina que Judas não blasfemou contra o Espírito Santo. O resultado é um pecado perdoável. Agora, esta situação não é inconsistente com P3), porque, se for verdade que Deus determinou a traição e perdição eterna de Judas, então Judas não se arrependerá e o perdão não estará disponível para Judas. Agora, imagina que Judas blasfemou contra o Espírito Santo. O resultado é um pecado imperdoável. Contudo, isto em si mesmo também não implica na negação de P3), porque Deus pode ter determinado o pecado imperdoável de Judas e subsequente perdição eterna. O ponto é que, se P3) é verdade, então o perdão não está disponível para Judas, independentemente de qual o tipo de pecado que cometeu.

    A frase inicial que questionei era a de que “o perdão oferecido livremente a Pedro e a todos que desejam recebê-lo estaria também disponível para Judas”. Eu neguei, e apresentei como evidência João 17:12. No meu breve tratamento de João 17:12, eu não referi apenas a frase “para que se cumprisse a Escritura”, mas também a relação desta com a providência activa do Pai e do Filho (no uso dos termos “guardar” em relação aos 11 apóstolos), o contraste entre o resultado desta providência no estado em que se encontravam os 11 e Judas (“nenhum deles se perdeu”, e “filho da perdição”), e o caso paralelo de Lucas 22:32, em relação a Pedro (também, com a intenção de o contrastar com o caso de Judas). O ponto é que nenhum dos 11 se perdeu, porque Jesus os guardou. E ele agora pede ao Pai que os guarde, uma vez que vai embora. A implicação é que Judas se perdeu, porque não foi guardado. Agora, é realmente concebível, ainda assim, que Judas não tenha sido guardado pela falta de fé que demonstrou, sendo esta última a base da primeira. Num comentário posterior, tentarei demonstrar através do contexto imediato e amplo de João 17:12, porque não creio ser esse o caso.

    Com respeito aos textos que mencionaste (1 Timóteo 2:4; Tito 2:11; Romanos 5:18; 2 Pedro 3:9; 1 João 2:2), tentarei lidar com eles também num comentário posterior.

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  6. Olá Vanessinha, esse seu post me motivou a escrever este: http://ociokako.blogspot.com/2010/04/o-poder-do-perdao.html

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  7. Olá Vanessa,

    Em João 17:12, Jesus contrasta os onze apóstolos (“nenhum deles se perdeu [ajpwvleto, “foi destruído”]) de Judas (“o filho da perdição” [ajpwleiva, “da destruição”]). Os primeiros não se perderam porque Jesus os guardou. Esta frase relembra a imagem do Bom Pastor que ocorre em João 10, especialmente os versos 27-30. Em João 10:28 Jesus diz: “E eu lhes (às “minhas ovelhas”, verso 27) dou vida eterna e elas não perecerão (ajpovlwntai, “jamais serão destruídas”), e ninguém as arrebatará da minha mão.” Por sua vez, aqueles que Jesus guardou, são aqueles que o Pai lhe deu (“Tenho guardado aqueles que tu me deste”).

    FAZIA JUDAS PARTE DOS QUE O PAI DERA A JESUS?

    O “senão” na última cláusula de 17:12 parece sugerir que Judas fazia parte daqueles que o Pai lhe deu, mas que se perdeu, em contraste com os restantes. Mas, por outro lado, existem razões para pensar o oposto.

    No contexto de João 17:12, uma passagem que parece indicar que Judas não faz parte daqueles que o Pai deu a Cristo, é João 17:6: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e GUARDARAM A TUA PALAVRA.” (Comparar com 17:8.) Mas parece-me pouco provável que Judas tenha guardado a palavra do Pai.

    Em João 6:64, Jesus diz: “Mas há alguns de vós que não crêem.” João acrescenta então o seguinte comentário parentético: “Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair.” O “Porque” no início do comentário parentético pretende explicar/expandir a frase dita por Jesus. Agora, nesse capítulo 6, Judas nada diz, e nada faz, mas João o traz à atenção no verso 64 e Jesus no verso 70. Eu creio que Judas está incluído na frase “há alguns de vós que não crêem”. Agora, o curioso é versículo 65: “Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai NÃO LHE FOR CONCEDIDO.” A ideia é: Ninguém pode crer em mim, se não lhe for concedido pelo Pai (compara com João 6:37-44). (“Vir a mim” e “crer em mim” são uma e a mesma coisa, e isso pode ver-se lendo João 6:35, onde a frase “e QUEM CRÊ EM MIM nunca terá sede” está em aposição com “AQUELE QUE VEM A MIM não terá fome”.)

    Em João 18:8 Jesus responde à pergunta dos oficiais: “Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes.” E João acrescenta (18:9): “Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste NENHUM deles perdi.” Isto parece excluir definitivamente a Judas.

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  8. JUDAS, SEM ESPERANÇA

    Acrescento também os seguintes textos como testemunho:

    Actos 1:16-25: “Homens irmãos: convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo PREDISSE pela boca de Davi, ACERCA de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus; Porque foi contado connosco e alcançou sorte neste ministério. Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniquidade; e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram. E foi notório a todos os que habitam em Jerusalém; de maneira que na sua própria língua esse campo se chama Aceldama, isto é, Campo de Sangue. Porque no livro dos Salmos está escrito: FIQUE (isto soa-me bem a determinismo) DESERTA a sua habitação, E não haja quem nela habite, TOME OUTRO o seu bispado. É necessário, pois, que, dos homens que conviveram connosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o baptismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça connosco testemunha da sua ressurreição. E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, PARA IR PARA O SEU PRÓPRIO LUGAR.”

    Mateus 26:20: “Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! BOM SERIA PARA ESSE HOMEM SE NÃO HOUVERA NASCIDO.” (Embora este texto em si mesmo não indique determinismo, uma coisa certamente faz: exclui a esperança de perdão para Judas!)

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